Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tudo na mesma

Quinta, 15 de maio de 2014
Do Blog do Hélio Doyle
Nas eleições de 2010 foi formada uma grande frente para construir um novo caminho para o Distrito Federal, que significasse um rompimento radical com o passado. A união de vários partidos, com o PT à frente, possibilitou a vitória do governador Agnelo Queiroz e dos senadores Cristovam Buarque e Rodrigo Rollemberg, além da eleição de expressivas bancadas na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa.
Esperava-se que assim fossem superadas velhas práticas de governar e velhos métodos de fazer política que levaram nossa cidade a ser protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção do país, que levou ao afastamento do governador e do vice-governador e os brasilienses a uma progressiva perda da qualidade de vida.
Já no início deste governo pudemos constatar que nada mudaria em relação aos governos anteriores, de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Permaneceram em vigor o patrimonialismo e a fisiologia, as alianças espúrias, a submissão aos interesses dos empreiteiros e do mercado imobiliário, a falta de prioridade a setores essenciais, como a educação, a saúde, a segurança e a mobilidade urbana.

Além disso, o atual governo manteve práticas incompatíveis com a transparência e a ética que se espera de governantes que prometem mudanças. Há inúmeras denúncias de corrupção, de mau uso do dinheiro público, de superfaturamentos de obras e de compras. Nenhuma respondida convincentemente.
Não é possível que quando temos tantos problemas em áreas básicas para a qualidade de vida da população, tenhamos um governo que tem como principal obra e marca um estádio com porte superestimado e custo superfaturado.
Por isso é preciso, no Distrito Federal, uma mudança radical. Com um governo à altura dos brasilienses.