Quinta, 15 de junho de 2017
Cristina Indio do Brasil - da Agência Brasil
O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani
Tempesta, disse hoje (15) que mesmo na dificuldade financeira as
famílias brasileiras têm que se manter unidas para superar o momento
atual do país. Durante missa para celebrar o Corpus Christi na Igreja de
Sant’Ana, no centro da cidade, o religioso destacou que a sociedade
precisa pensar mais no Brasil do que em questões pessoais. “Que as
pessoas pensem mais no outro e no país e menos no poder, nas
preocupações com o poderio e, sim, no bem das pessoas.”
Logo no
início da celebração, o cardeal disse que o Corpus Christi é uma
oportunidade de rezar pelo Brasil, intercedendo pelas dificuldades que o
país atravessa, para encontrar caminhos de paz e ética. De acordo com
dom Orani Tempesta, o Brasil vive momentos de intolerância e é preciso
repensar o país. Segundo ele, parte das dificuldades atuais se deve à
“falta de responsabilidades de gestores que nos levaram à situação
assim”.
“Que todos sejam atentos às necessidades das pessoas mais
fragilizadas e indefesas. Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os
conflitos. Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da
reconciliação. Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da
sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos”,
acrescentou o líder religioso.
Corrupção
Em
outro momento da missa, dom Orani alertou para os problemas da
corrupção e da violência no Brasil. “Estamos indignados diante de tanta
corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e
conversão. Cremos no Vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer
as causas dos graves problemas do país: injustiça e desigualdade,
ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana.”
Em
entrevista após a celebração, o arcebispo afirmou que os desvios que
ocorrem no país têm levado sofrimento aos brasileiros. “Tanto na minha
fala como na oração pedimos para aqueles que exercem poder que exerçam
em benefício do povo, para pessoas, principalmente, mais carentes, e não
para si mesmos”, destacou.