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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Dois policiais do Rio são condenados por corromper testemunhas no caso Amarildo, um negro, pobre, favelado

Sexta, 23 de junho de 2017
amarildo

Policiais militares tentam conter protesto na favela da Rocinha pelos dois anos de desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza durante uma operação policial (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
O ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos, e o soldado Newland de Oliveira e Silva Junior foram condenados ontem (22) pela Justiça do Rio de Janeiro. Eles eram acusados de corromper duas testemunhas do caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em julho de 2013.


Segundo o Ministério Público, os réus ofereceram dinheiro para uma mulher e um homem para que eles imputassem a criminosos da comunidade a responsabilidade pela morte de Amarildo. A mulher teria recebido R$ 850 e o homem, R$ 500.

Eles foram condenados pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo, da Auditoria Militar, a dois anos de prisão, a serem cumpridos em regime aberto. Os outros dois réus do processo, o tenente Luiz Felipe Medeiros e o soldado Bruno Medeiros Athanasio, foram inocentados.

Os quatro já tinham sido condenados em fevereiro do ano passado, pela tortura e ocultação do cadáver de Amarildo, junto com outros nove réus no processo. Edson Santos, por exemplo, foi condenado a 13 anos de prisão.
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