Quinta, 1º de junho de 2017
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, novamente,
hoje (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do
ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado pela Polícia
Federal (PF) recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos,
investigação baseada na delação premiada da JBS. O pedido foi feito após
o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de
deputado federal. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio,
perdeu o foro privilegiado.
No recurso, Janot afirma que a prisão
de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da
instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto
pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que
Loures atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão sobre o pedido de prisão será avaliada pelo ministro Edson Fachin, relator da delação da JBS no Supremo.
A
Procuradoria-Geral da República havia feito, no dia 18 de maio, um
pedido de prisão preventiva de Rocha Loures quando ele era deputado
federal. No mesmo dia, Fachin negou o pedido, mas afastou o parlamentar do cargo, mantendo suas prerrogativas, como o foro privilegiado.