Terça, 11 de julho de 2017
As visões e perspectivas diferenciadas quanto às estratégias e ações políticas que, há anos, acompanham as Carreiras dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, integrantes da área de Ciência e Tecnologia, que têm como principais objetivos a promoção e a realização da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico mobilizaram analistas e assistentes da Carreira de Gestão, Planejamento e Infra-Estrutura em Ciência e Tecnologia, do CNPq, do MCTIC e da CAPES a formar uma Comissão com o objetivo de planejar e fundar o Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais da Carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia. O fato é que a atual estrutura de associações e sindicatos, reunidos no Fórum de C&T, das carreiras que representam Gestores, mas principalmente Tecnologistas e Pesquisadores, se esgotou, especialmente naquilo que diz respeito aos interesses e nas reivindicações específicas de nós Gestores.
No Brasil, desde o restabelecimento do Estado democrático representativo, vive-se um momento importante de redefinições, em que se procura ampliar a autonomia dos trabalhadores e a liberdade sindical, severamente ameaçadas neste momento histórico. Dessa forma, um dos aspectos mais presentes no desenvolvimento das relações sociais é a dinâmica que se impõe a esse processo. As formas de representação não são estáticas e nem impermeáveis às transformações sociais e políticas. Portanto, os agentes políticos se movimentam e se organizam de acordo com o grau de desenvolvimento da sociedade, exigindo-se que todos os entes que querem se fazer representantes de categorias de trabalhadores aprofundem, cada vez mais, os processos de discussão e deliberação sobre novas formas e relações de trabalho.
No setor público, e hoje em dia, especialmente na área da ciência e tecnologia, esse é um desafio que se faz presente quando se exige a redefinição da carreira dos profissionais que nela atuam e, de forma mais ampla, quando se almeja a constituição de uma Negociação Coletiva mais representativa. Dois aspectos essenciais a serem considerados são a luta pelo nosso lugar como carreira do ciclo de gestão e a permanente capacitação dos servidores através de uma Escola de Governo. Com a questão da representação sindical, queremos introduzir no cenário nossa representatividade sindical específica, tendo como foco principal a valorização de nossa Carreira e de nossas funções, profundamente ameaçadas pela ausência de concursos, evasão, desqualificação e terceirização, além do interesse premente de outras carreiras de gestão em atuar no âmbito da C&T.
Devemos caminhar para a construção de um Sindicato, política e juridicamente legitimado, que seja capaz de encampar as reivindicações dos Gestores de C&T, orgulhando-nos das lutas vitoriosas do passado, das quais muitos de nós participamos, mas, ao mesmo tempo, compreendendo que a sociedade muda, as bandeiras se atualizam e novas táticas precisam ser criadas. Esta nova entidade sindical deverá ser interlocutora crítica, combativa, dinâmica e confiável, defendendo, por meio da apresentação e do debate de propostas concretas, os interesses efetivos da nossa categoria. É necessária a consolidação de um Sindicato democrático, que rejeite práticas anacrônicas, e que incentive processos de deliberação representativos da vontade da maioria, com amplas e mais ágeis consultas.
O SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA CARREIRA DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E INFRAESTRUTURA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA é o caminho que garantirá o exercício da democracia, o debate plural de opiniões e, acima de tudo, a representatividade verdadeira, da qual resultará a defesa das reivindicações da categoria dos GESTORES DE C&T.
Fonte: Sindicato Nacional dos Servidores Público Federais da Carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia
