Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 2 de julho de 2024

Hino ao 2 de Julho — Catharina Gonzaga em vídeo fabuloso e empolgante

Terça, 2 de julho de 2024

Catharina Gonzaga em fabulosa e empolgante versão do hino da independência do Brasil na Bahia

7 de setembro de 1822.
D. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, declara a independência do Brasil.
Porém, o que poucos sabem, é que aquele foi um grito de guerra; a independência não aconteceu naquele momento, pois uma boa parte da região Nordeste do país continuou sob o domínio dos portugueses.

Na Bahia, a guerra já começara 7 meses antes, e iria se estender por mais 10 meses, com as batalhas mais violentas que se tem registro no processo de independência de nosso país.

E foi o povo quem resistiu.

Nosso exército era um exército de voluntários. Vaqueiros com armas de caça e armaduras de couro; pescadores armados com facões na terra, ou improvisando uma frota marítima para enfrentar a esquadra de Portugal; mulheres vestidas de homens para poderem lutar como soldados; freiras levando a cabo a expressão "só passa por cima do meu cadáver".

O povo.
O povo não se entregou.
O povo não aceitou ser dominado por déspotas.
Os corações brasileiros nunca combinaram com tiranos.

E foi apenas na madrugada de 2 de julho de 1823 que, definitivamente, as tropas portuguesas fugiram pela Baía de Todos os Santos, libertando nosso país.

No 2 de julho de 1823, conta-se que o dia nasceu ensolarado, com o Sol mais brilhante, porque até Ele era brasileiro.
................................
O arranjo incrível é de Fabrício Cyem, e a produção das imagens e edição do vídeo foi a maravilhosa Eva Pires quem fez!
Na percussão, Rafael Bolotta; no piano e programação, Márcio Melgaço.
E, agora, assistam e compartilhem!!!
Feliz Dia da Independência do Brasil na Bahia!
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Catharina é Filósofa, Maestrina e Cantora, coordenadora do Conservatório de Música Integral e idealizadora do Projeto "Sou Uma Voz - Cantar Para Conhecer-se", que abre as portas do Canto para pessoas de todas as idades, utilizando a nossa voz como ferramenta de autoconhecimento.
Conservatório de Música: https://www.instagram.com/conservator...
Catharina também é voluntária na Organização Internacional Nova Acrópole há 15 anos.

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terça-feira, 4 de julho de 2023

AS DÍVIDAS COM A BAHIA E SUAS MULHERES

Terça, 4 de julho de 2023
AS DÍVIDAS COM A BAHIA E SUAS MULHERES

Quando foi divulgada a totalização dos votos para presidente, na noite de 30 de outubro de 2022, os números apontavam impressionantes 50,90% para Lula e 49,10% para Jair Bolsonaro.

Eram 60.345.999 diante de 58.206.35 votos, com uma diferença inferior a 2%.

Um frio correra na espinha de cada eleitor de Lula e a disputa comprovava que estava plenamente preparado para o novo mandato o coração do atual presidente.

Esses números também mostravam como o Brasil devia à Bahia. Os eleitores baianos deram a Lula 72,12% dos votos válidos (6.097.815 votos), enquanto Jair Bolsonaro obteve apenas 27,88% (2.357.028 votos).

Ou seja, os baianos podem realmente dizer que garantiram a volta de Lula à Presidência da República.

Mas não é essa a única grande dívida do Brasil com à Bahia.

No último 2 de julho, foram comemorados 200 anos desde que o Brasil está realmente emancipado da condição de colônia portuguesa. E isso se deu em lutas que duraram mais de um ano em território baiano.

Ainda se comemora oficialmente que a independência do Brasil foi em 7 de setembro de 1822. 

Mas não é difícil entender que naquele dia ocorreu um ato meramente formal. 

Segundo a descrição mitológica, o príncipe regente D. Pedro ergueu a sua espada às margens do rio Ipiranga e bradou "independência ou morte".

Em verdade, novas ordens de Lisboa haviam chegado ao Rio de Janeiro em 28 de agosto. D. Pedro deveria retornar imediatamente a Portugal, os privilégios da abertura do Brasil seriam revogados e os ministros de D. Pedro presos por traição.

As ordens foram recebidas pela princesa Maria Leopoldina, já que o príncipe estava em viagem a São Paulo. A princesa convenceu-se de que era inadiável a ruptura entre Brasil e Portugal e, em 2 de setembro, ela própria assinou o decreto de independência, que despachou, em seguida, para D. Pedro. 

O príncipe foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga e sua reação foi confirmar o gesto.

É fácil deduzir que o brado, se houve, não ecoou muito longe. A própria correspondência de Maria Leopoldina levou cinco dias para chegar às mãos de D. Pedro no meio da viagem que fazia, com caravana montada, de São Paulo para o Rio de Janeiro.

A decisão não encontrou resistência no Sul e Sudeste.

Não foi o que ocorreu no Norte e no Nordeste, especialmente no Pará, no Maranhão, no Piauí, no Ceará e na Bahia, assim como, no Sul, na província Cisplatina (atual Uruguai), que então pertencia ao Brasil.

Antes mesmo da movimentação que levou à proclamação por D. Pedro, já era grande a insatisfação na Bahia com a situação de colônia portuguesa. 

Tanto que Portugal enviou milhares de soldados para enfrentar a situação e os conflitos se intensificaram desde fevereiro de 1822. 

As tropas portuguesas tentaram se impor, desconhecendo a proclamação de D. Pedro e os baianos as enfrentaram, até conseguirem o cerco de Salvador e a debandada dos portugueses em 2 de julho de 1823.

Três figuras femininas tiveram grande destaque entre os baianos que lutaram pela independência: Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica.
 
A história de Maria Quitéria foi curiosa. Ela resolveu se integrar nas forças que lutavam pela independência e, para isso, alistou-se sem que se percebesse tratar-se de uma mulher, lutando em condições de igualdade com os demais combatentes.

Maria Felipa era uma negra liberta que liderou um grupo de indígenas e quilombolas em lutas na ilha de Itaparica e na região do Recôncavo. Em pequenos barcos, asseguraram a provisão de alimentos nas cidades atacadas pelos portuguesas e chegavam a participar dos conflitos. Em Itaparica, Maria Felipa e seu grupo chegaram a lançar tochas, provocando o incêndio de dezenas de embarcações portuguesas.

Joana Angélica era uma religiosa baiana, abadessa do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa. 

No dia 20 de fevereiro de 1822, soldados portugueses perseguiam brasileiros e, como concluíram que muitos se esconderam no Convento da Lapa, resolveram invadi-lo. Joana Angélica decidiu impedir a invasão com o próprio corpo, pondo-se na porta do Convento. Para entrar, os portugueses a trespassaram a golpes de baioneta.

O episódio causou enorme revolta entre os baianos e transformou Joana Angélica na primeira mártir das lutas pela Independência do Brasil na Bahia.

FERNANDO TOLENTINO

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*Fernando Tolentino é jornalista e administrador

domingo, 2 de julho de 2023

Hino ao 2 de Julho — Catharina Gonzaga em vídeo fabuloso e empolgante

Domingo, 2 de julho de 2023

Catharina Gonzaga em fabulosa e empolgante versão do hino da independência do Brasil na Bahia

7 de setembro de 1822.
D. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, declara a independência do Brasil.
Porém, o que poucos sabem, é que aquele foi um grito de guerra; a independência não aconteceu naquele momento, pois uma boa parte da região Nordeste do país continuou sob o domínio dos portugueses.

Na Bahia, a guerra já começara 7 meses antes, e iria se estender por mais 10 meses, com as batalhas mais violentas que se tem registro no processo de independência de nosso país.
E foi o povo quem resistiu.
Nosso exército era um exército de voluntários. Vaqueiros com armas de caça e armaduras de couro; pescadores armados com facões na terra, ou improvisando uma frota marítima para enfrentar a esquadra de Portugal; mulheres vestidas de homens para poderem lutar como soldados; freiras levando a cabo a expressão "só passa por cima do meu cadáver".
O povo.
O povo não se entregou.
O povo não aceitou ser dominado por déspotas.
Os corações brasileiros nunca combinaram com tiranos.

E foi apenas na madrugada de 2 de julho de 1823 que, definitivamente, as tropas portuguesas fugiram pela Baía de Todos os Santos, libertando nosso país.

No 2 de julho de 1823, conta-se que o dia nasceu ensolarado, com o Sol mais brilhante, porque até Ele era brasileiro.
................................
O arranjo incrível é de Fabrício Cyem, e a produção das imagens e edição do vídeo foi a maravilhosa Eva Pires quem fez!
Na percussão, Rafael Bolotta; no piano e programação, Márcio Melgaço.
E, agora, assistam e compartilhem!!!
Feliz Dia da Independência do Brasil na Bahia!
****************************
Catharina é Filósofa, Maestrina e Cantora, coordenadora do Conservatório de Música Integral e idealizadora do Projeto "Sou Uma Voz - Cantar Para Conhecer-se", que abre as portas do Canto para pessoas de todas as idades, utilizando a nossa voz como ferramenta de autoconhecimento.
Conservatório de Música: https://www.instagram.com/conservator...
Catharina também é voluntária na Organização Internacional Nova Acrópole há 15 anos.

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

'Ode ao Dois de Julho' (Castro Alves), dia da Independência da Bahia; Hino ao 2 de Julho

Terça, 2 de julho de 2020

Era no Dous de Julho

A pugna imensa
Travava-se nos cerros da Bahia…
O anjo da morte pálido cosia
Uma vasta mortalha em Pirajá.
“Neste lençol tão largo, tão extenso,
“Como um pedaço roto do infinito …
O mundo perguntava erguendo um grito:
“Qual dos gigantes morto rolará?! …


Hino ao 2 de Julho (com Tatau)

Hino ao 2 de Julho, pela independência da Bahia, gravado no Teatro Castro Alves, Salvador, Bahia, em maio de 2010. Arranjo do maestro Fred Dantas, executado Pela Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho - Neojibá, sob a regência do maestro Yuri Azevedo, Interpretado pelo cantor e compositor baiano Tatau. Projeto da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, produzido pela Larty Mark Convergência Digital. Vídeo publicado no Youtube por Wiltonauar Moura

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Vídeo publicado no Youtube por hotecna71

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Ode ao 2 de Julho

(Castro Alves, São Paulo, junho de 1868)

Era no Dous de Julho
A pugna imensa
Travava-se nos cerros da Bahia…
O anjo da morte pálido cosia
Uma vasta mortalha em Pirajá.
“Neste lençol tão largo, tão extenso,
“Como um pedaço roto do infinito …
O mundo perguntava erguendo um grito:
“Qual dos gigantes morto rolará?! …

Debruçados do céu. . . a noite e os astros
Seguiam da peleja o incerto fado…
Era tocha — o fuzil avermelhado!
Era o Circo de Roma — o vasto chão!
Por palmas — o troar da artilharia!
Por feras — os canhões negros rugiam!
Por atletas — dous povos se batiam!
Enorme anfiteatro — era a amplidão!

Não! Não eram dous povos os que abalavam
Naquele instante o solo ensangüentado…
Era o porvir — em frente do passado,
A liberdade — em frente à escravidão.
Era a luta das águias — e do abutre,
A revolta do pulso — contra os ferros,
O pugilato da razão — com os erros,
O duelo da treva — e do clarão! …

No entanto a luta recrescia indômita
As bandeiras – como águias eriçadas —
“Se abismavam com as asas desdobradas
Na selva escura da fumaça atroz…
Tonto de espanto, cego de metralha
O arcanjo do triunfo vacilava…
E a glória desgrenhada acalentava
O cadáver sangrento dos heróis!

Mas quando a branca estrela matutina
Surgiu do espaço e as brisas forasteiras
No verde leque das gentis palmeiras
Foram cantar os hinos do arrebol,
Lá do campo deserto da batalha
Uma voz se elevou clara e divina.
Eras tu — liberdade peregrina!
Esposa do porvir — noiva do Sol!…

Eras tu que, com os dedos ensopados
No sangue dos avós mortos na guerra,
Livre sagravas a Colúmbia Terra,
Sagravas livre a nova geração!
Tu que erguias, subida na pirâmide
Formada pelos mortos do Cabrito,
Um pedaço de gládio — no infinito…
Um trapo de bandeira — n’amplidão!. ..


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Clique aqui e conheça a história e a importância do 2 de Julho na Bahia

'Esta é uma data máxima para a Bahia e uma das mais importantes para a nação, já que, mesmo com a declaração de independencia, em 1822, o Brasil ainda precisava se livrar das tropas portuguesas que persistiam em continuar em algumas províncias'