Brasil produz 3,7 kg de grão por pessoa por dia, mas privilegia a exportação.

Redação
5 De Setembro De 2022
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Do Monitor Mercantil
“Quando você ganha um monte de dinheiro fazendo especulação sem produzir nada e ainda por cima não paga imposto, sinceramente não tem como funcionar”. A afirmação é do economista e professor titular de pós-graduação da PUC/SP, Ladislau Dowbor, no painel “Tributar os Super-Ricos e o Capital Improdutivo”, que foi transmitido na última quinta-feira. A live faz parte da série de diálogos “Que os super-ricos paguem a conta”, da Campanha Tributar os Super-Ricos e entidades parceiras.
Coordenadora do painel, a vice-presidente do Instituto Justiça Fiscal (IJF), Maria Regina Paiva Duarte, enumerou as propostas apresentadas no Congresso pela campanha Tributar os Super-Ricos, como corrigir as distorções da tabela do Imposto de Renda e instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas. “As eleições são uma oportunidade para impulsionar o debate sobre esse tema crucial. Cada um pode contribuir com essa mudança condicionando seu voto a quem defende a redução da igualdade com justiça fiscal”, pontuou a dirigente.
Para o economista, a tragédia da desigualdade no Brasil não é resultado de falta de recursos, mas das decisões políticas. O PIB de 2021 foi de R$ 8,7 trilhões. Dividir esse valor pela população do país dá R$ 13 mil por mês por família de quatro pessoas, contabiliza. “Dá para todo mundo viver de forma digna e confortável, bastando reduzir a desigualdade moderadamente. A desigualdade se aprofundou num país relativamente bem-sucedido. É uma escolha política fazer isso”, pontua.