Terça, 7 de janeiro de 2014
Ação administrativa das mais
atabalhoadas e ineficientes do governo Arruda e que teve continuidade no governo atual, está,
talvez, mesmo com injustificável atraso, com seus dias contados. São os
postinhos, aqueles que o governo insiste em chamá-los de policiamento
comunitário. E que o povo, sabiamente, chama de ‘Kinder Ovos’. Uma casquinha
que não serve pra nada, apenas para imobilizar policiais e tornar mais
ineficiente a segurança em Brasília.
Hoje (7/12) o Correio Braziliense noticia que ontem (6/12) em reunião da cúpula do GDF a questão foi discutida e se encaminha para rifar os kinder ovos da estrutura da segurança. O problema é que querem rifar o abacaxi (tem kinder ovo de abacaxi?) para a saúde, Detran e até para os tais conselhos de segurança. Isso deverá fazer, mais uma vez, a festa das empresas de vigilância privada, que ganharão mais uma fortuna para vigiar essas porcarias.
Lembro que durante a campanha eleitoral para o Buriti, em 2010, o candidato Agnelo Queiroz chegou a afirmar na TV que concordava que os postos eram ineficientes e que por isso se eleito, o seu governo iria parar com o programa e destinar os quiosquinhos (pois não passam de quiosquinhos) para outras áreas, inclusive a Saúde. Ganhou Agnelo, mas continuou a implantar os danados inúteis. No Gama, por exemplo, alguns foram construídos. Outros foram, por incrível que pareça, ampliados.
Ainda durante o governo Arruda, o deputado distrital Chico Leite (PT) fez um levantamento e descobriu que cada postinho estava sendo construído pela bagatela de R$220 mil. Isso, aqueles de apenas um módulo, sem equipamentos tipo computadores e instalação das tais câmaras de observação, câmaras que jamais foram instaladas. O arquiteto que idealizou os postos teria estimado cada posto a um custo de apenas R$30 mil.
Os postinhos são tão inúteis que até foram objeto de tese de pós-graduação em segurança de um oficial superior da PMDF. Demonstrada, no estudo, a total inutilidade dos postos, o que aconteceu? O oficial foi punido. E os postinhos vararam dois governos com toda sua inutilidade.
Os postinhos, na realidade, estão mais para barraquinhas de venda de coco verde do que de equipamento para a segurança pública.