Quarta, 19 de fevereiro de 2014
Uma auditoria independente está
sendo feita por perito do MPF e do Crea para avaliar danos causados e
laudos já apresentados pelo governo do Estado
Ainda sem o resultado da análise detalhada e dos
cálculos sobre as consequências do incêndio, ocorrido há quase quatro
meses, na estrutura da Arena Pantanal, o entendimento do Ministério
Público Federal é que ainda não há um relatório que garanta a segurança
na obra do estádio que está sendo construído para abrigar os jogos da
Copa do Mundo em Cuiabá.
“O MPF ainda não teve acesso, nem o MP Estadual, a um relatório conclusivo que possa atestar a segurança das instalações. Ninguém está dizendo que as instalações são inseguras [em decorrência do incêndio]. Nós só queremos uma garantia real de segurança e nós ainda não temos isso”, disse a procuradora da República Bianca Britto de Araujo pouco antes de iniciar a vistoria realizada, a pedido do Ministério Público Federal, por profissionais ligados ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea) e por peritos do Ministério Público Estadual, na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro.
“O MPF ainda não teve acesso, nem o MP Estadual, a um relatório conclusivo que possa atestar a segurança das instalações. Ninguém está dizendo que as instalações são inseguras [em decorrência do incêndio]. Nós só queremos uma garantia real de segurança e nós ainda não temos isso”, disse a procuradora da República Bianca Britto de Araujo pouco antes de iniciar a vistoria realizada, a pedido do Ministério Público Federal, por profissionais ligados ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea) e por peritos do Ministério Público Estadual, na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro.
Segundo a procuradora, se o laudo feito pela
Concremat Engenharia e Tecnologia S/A , que é a empresa gerenciadora da
obra do estádio, aponta a necessidade de mais estudos e análises
estruturais, é porque o laudo ainda não é conclusivo para garantir a
segurança.
“Há o interesse público de que o evento seja realizado
da melhor forma possível, garantindo a segurança dos torcedores, dos
jogadores e dos trabalhadores e, principalmente, que o investimento
público que está sendo feito na obra seja bem aplicado”, concluiu a
representante do Ministério Público Federal.
Na reunião que
antecedeu a vistoria na Arena Pantanal, o engenheiro responsável pela
execução da obra informou aos representantes do MPF, MP/MT e Crea que os
cálculos recomendados no laudo da Concremat estão sendo feitos pelo
engenheiro responsável pelo projeto do estádio e por um consultor, que é
professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e devem ser
finalizados nos próximos dias.
O objetivo da vistoria realizada,
explicou a procuradora, é verificar se os reparos já feitos atenderam às
especificações técnicas indicadas pela Concremat.
Na próxima
semana, um perito em engenharia do Ministério Público Federal virá a
Cuiabá para colaborar com a análise dos laudos apresentados pela Secopa e
no trabalho do Crea e dos peritos do MP Estadual.
O incêndio
ocorreu no dia 25 de outubro. Segundo a Secopa, o fogo ficou localizado
numa área de 40 metros quadrados onde estavam 20% do estoque de isopor
que seria utilizado no isolamento térmico da cobertura da Arena
Pantanal.
Ainda de acordo com a Secopa, houveram danos em três
áreas: (1) instalação elétrica, eletrônica, dados, hidráulica,
climatização e no sistema de detecção e alarme de incêndio; (2) houve
desagregação do concreto da parede, teto, piso, coluna e viga; (3)
brises, telas metálicas de fechamento da fachada do estádio.
Pedido de informações
- O secretário extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, recebeu em
mãos o ofício do Ministério Público Federal requerendo informações
detalhadas sobre a análise e cálculos estruturais envolvendo os danos
causados na estrutura da Arena Pantanal, além de documentação
comprobatória da realização de reparos e de que estes atendem
satisfatoriamente às exigências de segurança.
Íntegra do ofício.
Íntegra do ofício.