Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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sábado, 9 de abril de 2016

Mané Garrincha: Ex-governador do DF, Agnelo Queiroz é citado em delação da Lava Jato

Sábado, 9 de abril de 2016
Executivos da Andrade Gutierrez relataram pagamento de propina a político.

Dinheiro saiu de obras do Estádio Nacional, dizem; Agnelo nega denúncia.

Camila Bomfim 
Da TV Globo, em Brasília

Leia a reportagem aqui

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Metade dos estádios da Copa estão fora da série A

Quinta, 18 de dezembro de 2014
Do Contas Abertas 
Dyelle Menezes e Thaís Betat 

Seis dos 12 estádios construídos para a Copa do Mundo estão em estados que não possuem times classificados na primeira divisão do campeonato de futebol. Na contratação das empresas que realizaram as obras destes estádios os investimentos somados chegam a R$ 4,4 bilhões.
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Estão nesta situação os estádios do Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA), Castelão (CE), Arena da Amazônia (AM), Arena das Dunas (RN) e Arena Pantanal (MT). Os estádios possuem, juntos, 314.636 lugares.
 
Destes, a arena do Mané Garrincha teve o contrato mais caro, de R$ 1,4 bilhão, de acordo com o portal de transparência da Controladoria-Geral da União. Com capacidade para receber 70 mil pessoas, os principais times do DF, Brasiliense e Gama, jogarão a série D do campeonato brasileiro em 2015. Em situação semelhante está o estado amazonense, que não terá nenhum time sequer na segunda divisão do campeonato brasileiro.

A arena Fonte Nova foi a que perdeu possibilidade maior de receber times da primeira divisão, com a queda de Vitória e Bahia para a segunda divisão neste ano. O estádio baiano tem capacidade para receber 50 mil torcedores e custou R$ 700 milhões aos cofre públicos.
 
Dyelle Menezes e Thaís Betat
Seis dos 12 estádios construídos para a Copa do Mundo estão em estados que não possuem times classificados na primeira divisão do campeonato de futebol. Na contratação das empresas que realizaram as obras destes estádios os investimentos somados chegam a R$ 4,4 bilhões.
Estão nesta situação os estádios do Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA), Castelão (CE), Arena da Amazônia (AM), Arena das Dunas (RN) e Arena Pantanal (MT). Os estádios possuem, juntos, 314.636 lugares.
1355756394_castelao3_dilma_glauber_640Destes, a arena do Mané Garrincha teve o contrato mais caro, de R$ 1,4 bilhão, de acordo com o portal de transparência da Controladoria-Geral da União. Com capacidade para receber 70 mil pessoas, os principais times do DF, Brasiliense e Gama, jogarão a série D do campeonato brasileiro em 2015. Em situação semelhante está o estado amazonense, que não terá nenhum time sequer na segunda divisão do campeonato brasileiro.
A arena Fonte Nova foi a que perdeu possibilidade maior de receber times da primeira divisão, com a queda de Vitória e Bahia para a segunda divisão neste ano. O estádio baiano tem capacidade para receber 50 mil torcedores e custou R$ 700 milhões aos cofre públicos.
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domingo, 15 de junho de 2014

Valor gasto em estádios equivale a dois anos de investimentos federais em Saúde

Domingo, 15 de junho de 2014
Marina Dutra

Do Site Conta Abertas
Os R$ 8 bilhões gastos com a construção dos estádios para a Copa do Mundo equivalem ao dobro do investido pelo governo federal em Saúde em 2013 e é maior que valor de investimentos  em Educação no ano passado. Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 3,9 bilhões. No Ministério da Educação, os valores aplicados no exercício passado foram de R$ 7,6 bilhões.
Em defesa às críticas em relação a disparidade entre os gastos com os estádios da Copa e os investimentos nas áreas, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os “investimentos” federais nas áreas foram de R$ 825 bilhões desde 2010, mais de cem vezes o gasto em estádios – R$ 8 bilhões.
O valor ressaltado pela presidente, no entanto, diz respeito a todos os dispêndios com Saúde e Educação, desde o pagamento de pessoal aos gastos com o custeio das Pastas, e não apenas aos investimentos ( GND4). Esses – que englobam apenas as aplicações em obras e compra de equipamentos, ou seja, contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital – foram bem mais baixos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Capital da Desesperança

Terça, 3 de junho de 2014
Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo
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A saga do Mané Garrincha, o estádio mais caro da Copa, também significa a frustração de reivindicações por moradia em Brasília
Se, de uma maneira geral, a Copa do Mundo no Brasil ficará marcada por recursos mal gastos, superfaturamento de obras e oportunidades de legado desperdiçadas, a cidade de Brasília pode ser considerada a capital do país também sob esses pontos de vista. Em números absolutos o Mané Garrincha, como é mais conhecido, foi o mais caro estádio da Copa e um dos mais custosos entre todos já construídos na história do futebol.
Gastou-se até agora cerca de R$ 1,4 bilhão, integralmente pagos com dinheiro público. Para complicar, sua construção foi permeada por decisões equivocadas do governo local com consequências no mínimo questionáveis para os cidadãos e para o patrimônio do Distrito Federal.
Para entender essa história, precisa-se voltar à gestão do então governador José Roberto Arruda, que chegou a ser preso e teve de sair do cargo antes do fim de seu mandato, após a revelação de um esquema de pagamentos ilegais a parlamentares de sua base de apoio, o que ficou nacionalmente conhecido como o Mensalão do DEM. Antes disso acontecer, no entanto, o governador Arruda teve uma ideia que, anunciada à época, até parecia fazer sentido.
Escolhida como cidade-sede da Copa, Brasília deveria construir um novo estádio, no lugar do antigo e acanhado Mané Garrincha. Para que não precisasse recorrer a financiamentos bancários ou deixar a arena nas mãos de empresas privadas, o então governador decidiu levantar recursos através da venda de uma grande área verde da Terracap, empresa pública responsável por administrar as terras do Distrito Federal. O dinheiro do negócio iria para o estádio e essa área verde, localizada entre o Estádio e um dos principais shopping centers da cidade, seria utilizada na ampliação da rede hoteleira da cidade, necessária para receber um evento de grande porte.

Estádio Nacional de Brasília, um dos mais caros da história do futebol, já custou R$ 1,4 bi aos cofres públicos. Foto: Wikimedia Commons
Estádio Nacional de Brasília, um dos mais caros da história do futebol, já custou
R$ 1,4 bi aos cofres públicos. Foto: Wikimedia Commons


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Mas logo os problemas começaram a aparecer. Brasília é uma cidade planejada e tombada pela Unesco, com um Plano Diretor extremamente rigoroso. E, segundo esse plano, a área em negociação, cujo endereço é a quadra 901 Norte, não poderia receber empreendimentos comerciais. Manifestações públicas contra a venda do terreno começaram a ser organizadas, encabeçadas pelo movimento “Urbanistas por Brasília”. Eles produziram um manifesto com mais de 130 assinaturas de profissionais da área, criticando duramente a negociação. No fim de 2011, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) emitiu parecer contrário à venda do terreno.
No ano seguinte, no entanto, já no governo do petista Agnelo Queiroz, tentou-se novamente negociar a área, incluindo no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico elaborado naquele ano a possibilidade de construção de hotéis na área. Em maio de 2012, porém, a Vara do Meio Ambiente e Assuntos Fundiários do DF decidiu que o governo do DF e a Terracap não poderiam fazer obras que alterassem os parâmetros urbanísticos de uso ou de gabarito da quadra 901.
Comprometido em construir o estádio e disposto a torná-lo palco da abertura da Copa do Mundo (o que acabou não acontecendo), o governo não poderia voltar atrás. A construção do novo Mané Garrincha já estava sob a responsabilidade da Terracap, proprietária do estádio desde março de 2011, que precisou abrir o cofre e se desfazer de patrimônio para garantir o término da obra. Um documento do Conselho Fiscal da Terracap (veja abaixo) relativo ao primeiro trimestre do ano passado apontou “forte redução de disponibilidade de caixa na ordem de 80% relativo ao mesmo período de 2012. Em março de 2013, a empresa possuía apenas R$ 45 milhões de disponibilidade frente a um passivo de R$ 929 milhões”.
Também registrou as vendas de terrenos para bancar o estádio: “Em março de 2013, a Terracap apurou um lucro líquido de R$ 335 milhões, enquanto que no mesmo período de 2012 tinha apurado um prejuízo de R$ 55 milhões. Este lucro em 2013 é fruto da fonte de venda de imóveis, ressalta-se que esses recursos estão sendo aplicados totalmente nas obras do Estádio Nacional de Brasília — Mané Garrincha”.
“Entretanto, como o Estádio está sendo cedido gratuitamente para exploração pelo Governo’do Distrito Federal, não está sendo gerada receita para recuperação deste investimento. Neste sentido, de acordo com as práticas contáveis de avaliação a ‘valor justo’ este estádio deverá ser baixado como perda, o que provocará um prejuízo considerável para a Terracap”, diz o documento.
Movimentos sociais de Brasília afirmam que isso teve impacto direto na política habitacional do DF. Reportagem da BBC Brasil publicada no dia 29 de maio apresentou críticas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) em relação à venda dos terrenos, por contribuir para a especulação imobiliária local.
De acordo com a Fundação João Pinheiro, que estuda problemas de moradia no país, o deficit habitacional no Distrito Federal atinge 16% dos domicílios, enquanto no país como um todo a taxa é de 9%.
“Nós não somos contra a Copa, somos contra a utilização do evento para realizar uma verdadeira transferência de renda às avessas. O DF possui hoje um déficit habitacional de mais de 200 mil famílias, mas, em vez de usar terras públicas para isso, o governo preferiu vendê-las para a construção do Estádio”, disse à Agência Pública Raphael Sebba, membro do Comitê Popular da Copa, grupo que vem realizando uma série de manifestações, em todo o Brasil, contra o desperdício de recursos públicos.
Além de administrar as terras do Distrito Federal, cabe também à Terracap promover melhorias sociais e econômicas para a capital do Brasil. Seu dinheiro, em última análise, deve, inclusive, ser destinado à construção de escolas, conforme ponto destacado no próprio site da instituição: “a Terracap repassa ao GDF os recursos financeiros necessários para a construção de escolas públicas nas diversas regiões administrativas do Distrito Federal”.
Superfaturamento
Mas a polêmica sobre os gastos públicos não termina por aí em Brasília. Não bastasse o financiamento 100% público do Estádio, o TC-DF (Tribunal de Contas do Distrito Federal) encontrou indícios de um superfaturamento de R$ 431 milhões. As comparações também impressionam. A Arena Grêmio, por exemplo,  estádio do time gaúcho construído com capital totalmente privado com capacidade para 60 mil pessoas, custou pouco menos de R$ 500 milhões, quase três vezes menos que o Mané Garrincha, onde cabem 72 mil espectadores.

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Tribunal de Contas do DF encontrou indícios
de superfaturamento multimilionário na construção
do Mané Garrincha. Foto: Divulgação


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A Agência Pública procurou a Terracap para saber quais são os planos de recuperar os recursos investidos no Estádio. De acordo com a assessoria de imprensa, “a Terracap ainda não recebeu a obra “Estádio Nacional de Mané Garrincha”, por essa razão, a construção está registrada no Balanço Patrimonial na conta “Ativo Imobilizado”. Tão logo a obra seja entregue à Terracap, esta será registrada no Balanço Patrimonial à conta‘Investimento’”. Em outras palavras, a Estatal diz que assim que isso acontecer, o Estádio não será mais contabilizado como prejuízo.
A estatal explica que o estádio está cedido ao GDF, mas não de forma gratuita. “Pelo prazo de quatorze meses de cessão, o GDF repassará à Terracap a importância de R$ 28 milhões”. Argumenta também que“iniciou um estudo para identificar um modelo de negócio que melhor se adeque ao Estádio Nacional Mané Garrincha”.
Esse desafio não é dos mais fáceis. Sem nenhum time expressivo, até agora o estádio recebeu partidas de clubes de outros Estados, além da promoção de eventos musicais com atrações internacionais. 
Sobre isso, leia também

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Maioria dos brasileiros é contrário aos investimentos feitos para a Copa do Mundo

Quinta, 20 de fevereiro de 2014
Do site da Carta Capital
Segundo consulta CNT / MDA, 75,8% discordam dos gastos para viabilizar o evento, enquanto mais de 50% disseram que hoje seriam contra a candidatura do Brasil como país sede.
A maioria dos brasileiros acredita que os investimentos realizados para a Copa do Mundo foram desnecessários e poderiam ter sido melhor empregados em outras áreas, aponta pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Dos 2002 entrevistados para a consulta CNT / MDA, 75,8% discordam dos gastos realizados para viabilizar o evento. Enquanto apenas 13,3% acreditam que os investimentos foram adequados, 7,3% disseram que eles foram insuficientes.
A verba destinada para a construção dos estádios desagradou a 80,2% dos entrevistados. Apenas 17,6% acreditam que o dinheiro destinado á Copa foi empregado da maneira correta, pois ajudará a desenvolver o esporte no Brasil. A descrença com relação às obras de mobilidade urbana também foi maioria: 66,6% das pessoas acreditam que as obras não ficarão prontas a tempo da realização do evento, contra 27,7% que acreditam que estarão finalizadas.
Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira 18, mais da metade (50,7%) dos entrevistados respondeu que seria contra a candidatura do Brasil como país sede da Copa se a escolha fosse realizada hoje.
Dos entrevistados para a pesquisa, 85,4% acreditam que haverá manifestações durante os jogos. O percentual de pessoas que participaria das manifestações, entretanto, é minoria. Enquanto 15,2% afirmaram que poderiam fazer parte de algum protesto, 82,9% disseram que não farão parte dos protestos, e 1,9% não sabe ou não opinou.
Hexacampeonato. Em relação à confiança de que o Brasil pode ser o campeão da Copa neste ano, (52,6% dos entrevistados acreditam que a Seleção Brasileira conquistará o título de hexacampeão em 2014.
A pesquisa CNT / MDA realizou 2.002 entrevistas com eleitores de 137 municípios de 24 estados brasileiros, e a margem de erro é de  2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Para MPF no Mato Grosso, laudo da construtora da Arena Pantanal não é conclusivo sobre a segurança da obra

Quarta, 19 de fevereiro de 2014
   Uma auditoria independente está sendo feita por perito do MPF e do Crea para avaliar danos causados e laudos já apresentados pelo governo do Estado
    Ainda sem o resultado da análise detalhada e dos cálculos sobre as consequências do incêndio, ocorrido há quase quatro meses, na estrutura da Arena Pantanal, o entendimento do Ministério Público Federal é que ainda não há um relatório que garanta a segurança na obra do estádio que está sendo construído para abrigar os jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estádio de futebol em Brasília: o legado do desperdício

Quinta, 19 de julho de 2012

Manutenção da arena do Gama, em 2011, foi de R$ 1.296.962,77, enquanto o GDF arrecadou apenas R$ 3.300,00 com a utilização do espaço

Do jornal Metro/Brasília

Ele foi reinaugurado em 2008 com pompa e circunstância. Custou R$ 50 milhões – com a promessa de servir como estímulo ao futebol local e a justificativa de que poderia abrigar grandes eventos musicais, hoje sem lugar no Distrito Federal.

O discurso vale para várias outras arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014.

O  Estádio Bezerrão, no Gama, porém, teve uma média total de público de apenas 3.574 torcedores, no acumulado de três anos depois da reinauguração – os dados de 2012 não foram divulgados. A capacidade é de 20 mil espectadores.

Em 2011, a arena gerou R$ 1.296.962,77 em despesas com manutenção. No mesmo período, o GDF arrecadou apenas R$ 3.300 com a utilização do espaço.

De 2008 a 2011, foram realizados no Bezerrão 64 jogos de futebol profissional e amador, que tiveram um público total de 228.740, incluído não pagantes.

Se forem excluídos os jogos com maior público – a partida inaugural de 2008 entre Brasil x Portugal (19.157 pessoas), Goiás x São Paulo, pelo Brasileiro do mesmo ano (17.064) e Dom Pedro e Botafogo (14.939) na Copa do Brasil de 2009 –, a média de público em três anos não chega a 3 mil pessoas.

Neste ano, o estádio seguiu com bilheterias irrisórias. Em 21 de março, pelo Campeonato Brasiliense, o duelo entre Botafogo-DF e Formosa teve apenas 36 pagantes.

A renda: R$ 180. Um mês antes, o mesmo Botafogo, que manda seus jogos no Bezerrão, levou ao estádio 57 torcedores (renda de R$ 610) no duelo contra o Brazlândia.

Ainda pelo Candangão, a partida de maior público na arena foi registrada em 3 de março último, no clássico entre Gama e Brasiliense (7.593 pagantes e renda de R$ 52.840).

A situação é reflexo de um futebol local precário, com clubes passando por dificuldades financeiras e com pouco espetáculo a mostrar para o torcedor.

Enquanto isso -- É nesse panorama que se constrói um gigante para 71 mil pessoas…

Claro, haverá shows, espetáculos etc, etc, etc. Mas até agora isso é apenas plano, ideia.

De concreto só as colunas do novo Mané Garrincha.
Fonte: Blog do Odi com informações do Blog do José Cruz 
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Comentário do Gama Livre: As artimanhas das autoridades para esconderem o real valor gasto em obras passa pelo não pagamento de alguns valores elevados em determinado exercício, deixando para o famoso, e suspeito quase sempre, "reconhecimento de dívida", coisa que acontece em exercício futuro. Inaugurado em 2008 como tendo custado R$50 milhões, houve pelo menos um "reconhecimento de dívida" no exercício de 2009. Uma bagatela de mais de R$4 milhões por serviços de grama (não seria de grana?).

Quanto ainda ao estádio do Gama, houve aquela excrescência dos quase R$11 milhões de gastos para a festa de inauguração. Gastos que, de tão indecentes, acabaram nas garras da polícia e nas barras da Justiça.


Leia também: Copa não reduz a pobreza dos países por onde passa, diz pesquisa sul-africana

domingo, 16 de agosto de 2009

Arruda na berlinda

O governador Arruda tem só até o próximo dia 25 de agosto para apresentar defesa na ação de improbidade administrativa proposta no último dia 10 pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). Na ação é questionado o contrato de R$9 milhões para a realização do jogo Brasil X Portugal, acontecido na inauguração do estádio Bezerrão, no Gama. O governador foi envolvido na ação em razão de ter assinado o contrato com a empresa Ailanto Marketing, mesmo contrariando o parecer da Procuradoria do Distrito Federal.
A empresa, que tem sede na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi indicada pela CBF, Confederação Brasileira de Futebol. O MPDF notificou ainda na ação de improbidade administrativa o secretário de Esportes do DF, deputado licenciado Aguinaldo de Jesus, e a empresa contratada.
A construção do novo estádio do Gama custou ao bolso do contribuinte cerca de R$52 milhões. Foram gastos mais R$9 milhões com a festa de inauguração, representando 17 por cento dos custos com a construção em si. É como se alguém gastasse R$100 mil para construir sua casa e desse uma festa de inauguração de R$17 mil. Loucura, não?