Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Violência contra idoso: Central divulga relatório do primeiro semestre

Terça, 26 de julho de 2016
Do MPDF
Casos mais frequentes referem-se à violência psicológica, seguida da violência financeira. Principais vítimas foram as mulheres 

De janeiro a junho de 2016, a Central Judicial do Idoso (CJI), formada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e Defensoria Pública do DF (DPDF), realizou 528 novos acolhimentos. Foram promovidos 825 acompanhamentos, casos que já se encontram em atendimento e retornaram com novas informações. Também foram expedidas 190 convocações para a oitiva do idoso e/ou familiar com a finalidade de prestar esclarecimentos sobre denúncias ou violações de direito da pessoa idosa. Além disso, houve 353 orientações por telefone e 50 sessões de mediação.


Os casos mais frequentes referem-se à violência psicológica (31,4%) seguida da violência financeira (30,3%). A primeira é caracterizada por agressões verbais ou gestos que visem afetar a autoestima, a autoimagem, a identidade ou aterrorizar a pessoa idosa, por exemplo, insultos e ameaças. A violência financeira consiste na exploração indevida da renda ou apropriação do patrimônio do idoso, como obrigar a pessoa a contrair empréstimos. As demais incidências relatadas referiram-se ao abandono, autonegligência e violência institucional.

As principais vítimas foram as mulheres (59,7%) e a faixa etária mais atingida foi de 76 a 80 anos (25,2%). Os principais agentes de violência foram os filhos (42,5%) ou outros familiares (11,8%). As pessoas viúvas foram as mais vitimizadas (31,6%) e a faixa de renda mais frequente foi a que vai de um a dois salários mínimos (30,3%). A região administrativa com maior número de casos de violência foi Ceilândia, com 26 casos, seguida de Brasília, com 14, e de Taguatinga, com 11.

Para a titular da Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa (Projid), Sandra Julião, o trabalho da Central é um diferencial, pois atende uma parcela da população com necessidades que precisam ser levadas em conta durante os atendimentos. “Outro avanço é a atuação de um núcleo de mediação, que evita, muitas vezes, a judicialização das demandas e proporciona maior celeridade. É uma forma de oferecer atendimentos efetivos e resultados à sociedade”, esclarece a promotora.

Serviço interdisciplinar
A Central Judicial do Idoso é um projeto pioneiro do TJDFT, do MPDFT e da DPDF. Atua no acolhimento aos idosos do DF que têm seus direitos ameaçados ou violados e que necessitam de orientação na esfera da Justiça. Seus objetivos principais são: garantir a efetiva aplicação do Estatuto do Idoso, prover a comunidade do DF de informações, promover articulação com instituições para atendimento de demandas e assessorar autoridades competentes. A Central funciona no 4º andar do bloco B do Fórum de Brasília e atende os idosos das 12h às 18h. O telefone de contato é (61) 3103-7609. Para saber mais sobre a Central do Idoso, clique aqui.