Terça, 20 de maio de 2014
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Investigado
pela Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em novembro de
2013, para apurar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de
dinheiro, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior admitiu hoje (20), que
está colaborando com as investigações conduzidas pelo Ministério Público
Federal (MPF) em Mato Grosso.
Em
nota divulgada por seus advogados, Gércio Júnior diz ter firmado um termo de
colaboração com a PF e com o MPF. E que, pelo acordo, está impedido de fornecer
qualquer outro detalhe sobre a Operação Ararath. A manifestação de Júnior
reforça as notícias de que uma ação deflagrada pela PF esta manhã em Cuiabá é a
quinta fase da Operação Ararath – informação que nem a PF, nem o MPF confirmam.
Saiba
Mais
Em
novembro de 2013, quando concluiu a primeira etapa da operação, a PF informou
que, desde o começo de 2011, vinha investigando empresas de factoring
(fomento mercantil) e de outros segmentos, como uma rede de postos de
combustíveis de Cuiabá.
Por
meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e
fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões de reais em
seis anos. Ainda de acordo com a PF, base do esquema era uma empresa de Várzea
Grande (MT) que, oficialmente, encerrou suas atividades em 2012.
Hoje,
em meio à falta de informações oficiais, a Agência Brasil confirmou com
a assessoria do governo estadual que policiais apreenderam documentos na
residência do governador Silval Barbosa (PMDB). A assessoria do deputado
estadual José Riva (PSD-MT) confirmou que ele é um dos detidos na operação.
A
reportagem confirmou também o cumprimento de mandados de busca e apreensão na
Assembleia Legislativa, na prefeitura de Cuiabá e no gabinete do conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida.