Terça, 20 de maio de 2014
Fábio
Fabrini e Fátima Lessa
(especial para o Estado de S. Paulo)
Brasília
e Cuiabá – Agentes da Polícia Federal prenderam na tarde desta terça-feira, 20,
o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), na quinta fase da operação
Ararath. Durante as buscas na residência de Silval, foi encontrada uma arma com
registro vencido, o que levou a Polícia Federal a lavrar o auto de prisão
contra o governador.
O
governador entrou por volta do meio dia na sede da na sede da Polícia Federal
em Mato Grosso, acompanhado dos advogados, Ulisses Rabaneda e Válber Melo, e
foi liberado por volta das 17 horas, após pagar fiança – por se tratar de um
crime de menor poder ofensivo.
Segundo
a secretaria de comunicação do estado, o governador “compareceu
espontaneamente”.
A
assessoria da PF informou que foram realizadas buscas nas residências do
governador e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado o ex-deputado
Sérgio Ricardo.
Na
manhã desta terça, a Polícia Federal também realizou outras duas prisões. O
deputado estadual José Riva (PP) chegou a sede da PF escoltado por seis
veículos por volta de meio dia, em carro descaracterizado.
Riva
responde a 103 ações na Justiça, nas áreas cíveis e criminais, e está afastado
da presidência da Assembleia Legislativa por decisão do Tribunal de Justiça do
estado.
O
expediente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso foi suspenso.
Também
foi preso o ex-secretário de estado de Fazenda, Eder de Moraes, que atualmente
preside o Mixto Esporte Clube. Ele também é ex-secretário da Secretaria
Extraordinária da Copa (Secopa) do então governador e hoje senador Blairo
Maggi.
A PF
ainda cumprir dezenas de mandados de busca e apreensão e prisões ainda nesta
terça, ainda no âmbito da Operação Ararath.
Iniciada
em novembro, a operação apurou que o grupo possuía uma “intensa e vultosa”
movimentação financeira, por intermédio de recursos de terceiros e empréstimos,
com atuação análoga a de uma instituição financeira.
Empresas
de fachada e de factoring eram usadas. Mais de R$ 126 milhões em cheques e
notas promissórias foram apreendidos na fase anterior deflagrada em fevereiro.
Nesta
terça-feira, a PF desencadeou a Operação Ararath, que investiga um esquema de
crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de ‘factorings’ de fachada,
empresas negociadoras de créditos. Foram realizadas duas prisões.
Ao
longo do dia, a PF deve cumprir, por todo o dia, dezenas de mandado de busca e
apreensão determinados pelo ministro José Antonio Dias Tóffoli, do Supremo
Tribunal Federal (STF). Além do governo e da Assembleia Legislativa, a Polícia
Federal fez apreensão de documentos e computadores no gabinete do prefeito
Mauro Mendes (PF).