Terça, 20 de maio de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
A
pedido dos advogados de defesa, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) adiou o julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do
vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar (PM)
da Bahia. O processo deverá ser julgado na próxima terça-feira (27), quando os
ministros vão analisar pedido de prisão domiciliar. A liminar que pedia a
libertação de Prisco foi rejeitada pelo ministro Ricardo Lewandowski no mês
passado.
No
dia 3 deste mês, o vereador sofreu um infarto no Presídio da Papuda, no
Distrito Federal (DF), e está internado em um hospital público de Brasília.
Após passar mal, a defesa do vereador pediu ao Supremo que ele cumpra prisão
domiciliar devido ao seu estado de saúde.
Uma
junta médica, formada por dois profissionais do setor de saúde do STF, fez um
relatório, a pedido de Lewandowski, e concluiu que Prisco "não apresenta, no momento, evidência de
cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar". Com base
na conclusão, na sexta-feira (16) o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu que o vereador seja transferido para o presídio federal em Porto Velho.
Marco
Prisco foi preso em Salvador, no dia 18 de abril, mas foi transferido para a
Papuda, porque a ordem judicial determinou que ele deve ficar recolhido em
instituição prisional federal. Prisco é presidente da Associação de Policiais e
Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador pelo PSDB em
Salvador.
Ele
liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, encerrado no
dia 17 de abril. A prisão do vereador, no entanto, foi motivada por outra greve,
também liderada por ele, em 2012. No ano passado, o Ministério Público Federal
na Bahia (MPF/BA) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados
contra a segurança nacional durante essa paralisação.