Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 12 de maio de 2019

ACNUR conta a história de 5 mães refugiadas que fizeram o impossível por seus filhos

Domingo, 12 de maio de 2019
Da
ONU no Brasil

Opani, de 28 anos, com sua filha Brenda, de menos de 2. Foto: ACNUR/David 


Uma mãe rohingya atravesa um rio com seu filho no colo em busca de segurança em Bangladesh. Foto ACNUR/Roger Arnold

Cruzaram rios com seus filhos no colo sem saber nadar, caminharam por quilômetros sem saber aonde iam chegar, algumas abriram mão de suas vidas para priorizar a de seus filhos. Leia os relatos da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR)

Não importa de onde elas sejam, as mães refugiadas têm em comum uma força que nos impressiona e inspira. Apesar de terem fugido com medo e assustadas, elas encontraram dentro de si coragem para proteger seus filhos.

Opani percorreu 96 km com sua filha Brenda no colo para fugir da violência no Sudão do Sul. Elas dormiram ao ar livre, sob o constante medo de serem atacadas, até encontrarem segurança em um campo de refugiados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em Uganda.


Christie adotou Mercy, de 4 anos, depois de ela ter sido abandonada. Foto: ACNUR/ David Azia

Mercy tem 4 anos e é uma refugiada do Sudão do Sul. Ela foi adotada por Christie, de 28, no campo de refugiados de Bidibidi, norte de Uganda, depois de ter sido abandonada por ter uma deficiência. Uganda abriga uma das maiores populações de refugiados do mundo. Mais de 1 milhão de sul-sudaneses são refugiados registrados no país.

Maysaa se emociona ao falar sobre seus filhos. Foto: ACNUR/Houssam Hariri

“Quando fico doente e não posso cuidar deles, fico muito desesperada. Eu gosto de dar a eles tudo o que precisam”, diz Maysaa, mãe síria de dois filhos com paralisia cerebral.

Refugiados com deficiência podem estar entre os mais marginalizados, e suas vulnerabilidades são frequentemente agravadas pelo deslocamento forçado. O isolamento e a percepção de que eles são um fardo podem comprometer sua dignidade, segurança e acesso à serviços.

Há um ano, mais de 700 mil refugiados rohingya caminharam durante dias até Bangladesh, fugindo da violência extrema em Mianmar. A maioria são mulheres e crianças. O ACNUR está ao lado dessas pessoas desde o início da crise para que possam encontrar proteção e segurança.

Depois de perder sua mãe, Sarah, de 16 anos, se tornou responsável por seus irmãos mais novos: a bebê Mimi, Rose, de 3 anos, e Henry, de 5. No campo de refugiados de Nguenyyiel, onde Sarah mora, existem mais de 1.600 famílias chefiadas por crianças.