Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Argentina e Brasil

Terça, 10 de maio de 2011
E continua rodando na internet o e-mail de um contribuinte e consumidor brasileiro. Veja o texto a seguir.

Buenas… Para  os leitores aproveitarem bem antes de abastecerem seus veículos, vou mandar alguns números da nossa vizinha Argentina. Como atualmente há uma preocupação muito grande com o preços  dos combustíveis, por lá os números  são os seguintes:

Gasolina  comum (igual a nossa, mas sem álcool) – 1,99 pesos = R$ 1,00
Gasolina  Super – 2,30  pesos = R$ 1,15
Gasolina Fangio de  alta octanagem – 2,89 pesos = R$ 1,45 

Como sabemos, nossa gloriosa Petrobras exporta para a Argentina gasolina a R$ 0,65 o litro. Assim, podemos ver como estamos sendo roubados pelo governo, enquanto o contrabando vai aumentando. Aliás, o  contrabando de gasolina  na fronteira com o Rio Grande do Sul foi motivo de uma  reportagem na RBS TV, Rede Globo.

Acho que a matéria foi encomendada. Nela um professor universitário de Porto Alegre decidiu alertar alertar  para os “perigos” de se abastecer os carros com a gasolina da Argentina. Segundo ele, o motor pifa “pra já”.

 Só ficou  faltando a explicação sobre os carros produzidos em larga escala aqui e exportados  para lá.  Serão um modelo especial?  Para mim, o que  pode acontecer é nossos carros engasgarem ao entrar em contato  com gasolina de verdade,  pois estão acostumados com essas ‘garapas mixurucas’ que nos vendem a R$ 2,89.  E os milhares de carros de turistas brasileiros que cruzam a fronteira e circulam à vontade por lá, sem qualquer problema?

No  setor veículos não  é diferente. Vamos conferir a tabela dos carros  zero quilômetro:

Gol  3 portas Power – 27.600 pesos (R$ 14.800,00)
Ford F250 – 108.500 pesos (R$ 54.300,00)
Vectra CD – 82.600 pesos (R$ 41.300,00 )
Ford Eco Export DIESEL 4X4  – R$ 35.000,00
Nissan Frontier 4×4 – 22.000 dólares, ou  menos de R$ 44.000,00
em uma agência em Oberá. 

E  por aí vão as  diferenças, ressaltando  que praticamente todos os carros, de qualquer marca, têm a  opção de virem com motor diesel.

Eu estava esquecendo… As estradas pedagiadas, com terceira trouxa (terceira pista), mantidas em muito boas condições, custam para cada 300 quilômetros 3,40 pesos ou R$ 1,70.  Para  nós gaúchos, percorrermos  a mesma distância, o preço é de R$  28,00. 

 Existe  uma explicação lógica para uma diferença  tão brutal? Claro que existe. Os argentinos não são explorados pelos governantes e pelos políticos, e lá os impostos não são massacrantes como no Brasil. Certamente porque somos uns trouxas, covardes, pusilânimes, pois num povo com dignidade, isso já teria mudado há muito tempo.