Domingo, 17 de julho de 2016
Do Esquerda.Net
O fundador do Wikileaks avança,
contudo, que, tendo em conta que a NSA vigia estas empresas, acaba por
deter toda a informação. Assange assegura que o "capitalismo de
vigilância" é o novo modelo de negócio mundial.
17 de Julho, 2016
Assange na embaixada do Equador, na Inglaterra - Foto: Wikileaks
Durante
um seminário internacional em Santiago do Chile sobre "Liberdade de
Expressão, Direito à Comunicação Universal e Media Plurais para as
Democracias do Mundo", no qual Assange participou via skype, o fundador
do Wikileaks referiu que Sergéi Brinn, Larry Page e Mark Zuckerberg
sabem mais coisas sobre os norte americanos do que a própria Agência de
Segurança Nacional (NSA).
O jornalista sublinhou, no entanto, que, tendo em
consideração que a NSA acaba por vigiar estas empresas, “inteira-se
igualmente de tudo”.
Assange prosseguiu afirmando que estamos num período
em que há uma explosão em massa de informação e que 81 % da publicidade
de Internet passa através do Google e Facebook.
"A espionagem aumentará"
"Os direitos de propriedade intelectual são usados
para restringir e deter o jornalismo de investigação", assinalou o
jornalista.
Sobre a vigilância em massa, Assange sublinhou que
“a quantidade de espionagem pode aumentar", referindo-se, por exemplo, à
forma como o Google ou YouTube utilizam a informação que obtêm através
do Gmail.
"Realmente extraem o que querem extrair", alertou.
Por exemplo, o Google está a tentar controlar o
setor dos transportes. Porquê? Porque tem uma vantagem comparativa de
mapas e imagens satélites das ruas, pessoas com telefones móveis a
monitorizar o Google Search”, disse Assange, acrescentando que isto se
exemplifica com os acordos que estas multinacionais de Silicon Valley
têm com companhias militares que seguem a mesma lógica de rastreio de
informação.
Esquerda.net com El Diario.