Sexta, 1º de julho de 2016
              Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil 
          
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou hoje 
(1°) a possibilidade de captação de doações de pessoas físicas para 
campanhas eleitorais por meio de financiamento coletivo, os chamados crowdfunding. A rejeição respondeu a uma consulta feita à corte e ocorreu na última sessão do TSE este semestre.
A
 consulta sobre as chamadas "vaquinhas virtuais" foi levada ao tribunal 
pelos deputados federais Alessandro Molon (Rede-RJ) e Daniel Coelho 
(PSDB-PE) e teve como base a legislação que autoriza doações de pessoas 
físicas por transferência eletrônica de depósito.
Os ministros do
 TSE acompanharam por unanimidade o entendimento da relatora da 
consulta, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que lembrou que o tema 
já foi avaliado pela corte.
“Esta questão já foi respondida 
anteriormente em 2014, o relator ministro Henrique Neves, no sentido de 
que somente podem ser realizadas [doações] por meio de mecanismo 
disponível em sítio do candidato, partido ou coligação. As questões 
postas aqui nesta consulta, a nossa assessoria técnica também apontou, 
não são previstas na legislação de regência da matéria. Então, como a 
questão já foi aqui debatida, está na lei e não mudou com a legislação 
do ano passado, eu estou aqui votando no sentido do não conhecimento da 
consulta”, disse a relatora.
Agilidade
No
 fim da sessão de julgamentos desta sexta-feira, o presidente do TSE, 
ministro Gilmar Mendes, apresentou um balanço dos processos julgados 
durante o primeiro semestre de 2016. Os ministros da Corte analisaram 
2.417 processos, incluindo decisões monocráticas, liminares, resoluções e
 acórdãos.
Para o segundo semestre, o presidente do TSE fez uma 
projeção de uma celeridade ainda maior. “No início de agosto, vamos 
tomar medidas que, dentro do possível, racionalizem as nossas 
atividades”, disse ele ao citar a possibilidade de antecipação da pauta 
de julgamentos para que todos possam se preparar com antecedência ainda 
maior.
Gilmar Mendes pediu aos colegas que apresentem sugestões 
para serem discutidas nesse mesmo sentido de dar celeridade ao andamento
 dos trabalhos na Corte. O objetivo é dinamizar os trâmites “para o 
processamento adequado das matérias no âmbito do tribunal, uma vez que 
estamos em constante aprendizado e há esse espírito de entendimento e 
cooperação entre nós”, acrescentou.
 
 
 
