Quarta, 14 de junho de 2017
O objetivo é transformar a classe produtiva no Brasil de simples
escravos assalariados em párias governados com algumas migalhas de
direitos sem nenhuma importância.
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Do Resistir.Info
por
Crítica da Economia
Neste exato momento, os patrões nacionais e imperialistas estão
ultimando as regras para a execução de um crime social hediondo
contra a classe trabalhadora no Brasil.
Através da chamada "reforma trabalhista", já em
estágio final de legalização pelo parlamento nacional,
eles estão mudando profundamente as regras constitucionais que
estabelecem os mínimos direitos trabalhistas no país.
Essas modificações não alteram simplesmente os termos de
um ou mais contratos de trabalho entre um ou outro capitalista das mais
diferentes esferas econômicas com um ou dois trabalhadores isolados.
Com essa reforma liberal e totalitária os capitalistas e demais
parasitas proprietários do capital preparam as condições
de livre redução dos salários e, ao mesmo tempo, a
reestruturação sanguinária das condições de
trabalho de toda a classe produtiva amontoada no exército industrial de
reserva no país.
Procuram reduzir livremente o custo unitário do trabalho nas linhas de
produção e nivelar às condições salariais e
de trabalho muito mais baixas dos trabalhadores indianos, filipinos, mexicanos,
haitianos, vietnamitas, chineses, egípcios, gregos, e outros
inúmeros párias da periferia do sistema imperialista mundial.
O objetivo é transformar a classe produtiva no Brasil de simples
escravos assalariados em párias governados com algumas migalhas de
direitos sem nenhuma importância.
O objetivo é aprofundar ainda mais a integração da
economia nacional às imundas cadeias produtivas globais de capital. Isso
não têm nada de abstrato. Não apenas reduz profundamente os
salários. E aumenta a já insuportável miséria
nacional. Atinge mais eficientemente o corpo de cada trabalhador nas linhas de
produção e todos os postos de trabalho no comércio,
serviços, e demais esferas da economia.
A "reforma trabalhista" é uma bala certeira, concreta, na vida
de cada trabalhador produtivo. Como já acontece em todas aquelas
economias dominadas já em estágio avançado de
integração às cadeias produtivas globais de capital.
A "reforma trabalhista" brasileira prepara a agressão
física e mental sobre as condições vitais dos
trabalhadores. Sobre seus músculos, seus órgãos vitais,
pulmões, fígado, rins, coração, veias e
artérias. Mas atinge muito mais seu cérebro, sua mente e sua
alma. Antes de matar fisicamente os trabalhadores, os capitalistas os
enlouquecem.
Os termos da "reforma trabalhista" no Brasil eliminam qualquer direito
de defesa da classe trabalhadora frente ao genocídio social planejado
pelos "empresários" e demais parasitas do sistema.
Portanto, é mais do que importante que todos os trabalhadores saibam nos
seus mínimos detalhes do que se trata essa "reforma". Por isso
publicamos abaixo a Nota Técnica nº 179, publicada recentemente
pelo Departamento Intersindical de Estatístico e Estudos
Sócio-Econômicos (DIEESE).
Esse relatório do valoroso DIEESE e seus dedicados técnicos, de
longo e tradicional trabalho de apoio aos sindicatos de trabalhadores no
Brasil, se constitui, a nosso conhecimento, a mais detalhada e esclarecedora
análise da forma jurídica deste novo atentado à vida da
classe proletária no Brasil.
Todos os trabalhadores e lutadores devem ler pacientemente todos seus itens. E
depois agirem, para que o crime seja evitado. Não só evitado. Que
a bala que está sendo disparada contra o coração dos
trabalhadores seja redirecionada para o coração de quem a
inventou.