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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Mulheres correm enorme perigo se precisarem parir no HRG ou HRSM neste final de semana. Centros Obstétricos funcionarão precariamente

Sexta, 21 de julho de 2017
Segundo informações de fontes confiáveis de dentro do Hospital Regional do Gama (HRG), foi necessário definir um plano de contingência a ser aplicado no Centro Obstétrico (CO) do HRG neste final de semana.

Há muito tempo que o CO do HRG, mas não só o CO, vem perdendo pediatras. Vários foram transferidos para outros hospitais da rede, inclusive para o Hospital Regional de Santa Maria.

Agora a coisa explodiu. Neste final de semana está faltando neonatologistas no HRSM, unidade para a qual o HRG enviava TODOS os casos de gestantes de alto risco. São atendidos no Centro Obstétrico do Gama aqueles casos de menor complexidade.

E a falta de neonatologistas neste sábado e domingo, o que causa? Uma situação de altíssimo risco, diria até mesmo dramática, para parturientes e bebês que tenha que recorrer ao HRG ou ao HRSM. Para tentar reduzir o impacto, foi necessário lançar mão de um plano de contingenciamento.

Mulheres que recorram ao HRG e que apresentem alto risco no parto, não poderão neste final de semana serem transferidas para o Centro Obstétrico do HRSM. Serão encaminhadas a hospitais de outras regiões administrativas, distantes mais de 30 quilômetros do Gama.

As mulheres com gestação de 34 semanas, serão empurradas para o HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília, distante cerca de 30 quilômetros do Gama) ou para o HUB, o Hospital Universitário de Brasília, distante mais de 40 quilômetros.

Se a mulher estiver com gestação entre 34 e 37 semanas, a coitada será despachada para o HRT (Hospital Regional de Taguatinga, cerca de 30 quilômetros do HRG), ou enviada para o HRAN (Hospital Regional da Asa Norte, que fica a mais de 40 quilômetros do Gama), ou ainda para o HRL (Hospital da Região Leste, o antigo hospital do Paranoá e que fica a cerca de 50 quilômetros da cidade em que a parturiente tem o direito de parir). 

Pode, governador? Tome tento!