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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Seminário Nacional sobre o trabalho do Assistente Social na Política Sobre Drogas e Saúde Mental será realizado nos dias 29 e 30 de maio em Brasília

Quarta, 18 de abril de 2018
Do www.cfess.org.br

A primeira edição do Seminário Nacional O Trabalho do/a Assistente Social na Política sobre Drogas e Saúde Mental, organizada pelo CFESS [Conselho Federal de Serviço Social] conjuntamente com o CRESS-DF [Conselho Regional de Serviço Social], ocorrerá nos dias 29 e 30 de maio de 2018, em Brasília (DF), e materializará uma das deliberações do eixo Seguridade Social do 46º Encontro Nacional CFESS-CRESS.


Será um importante espaço de debates para pautar as temáticas de saúde mental e a política sobre álcool e outras drogas – esta como uma questão de saúde pública – que têm interface com a política de assistência social, por meio de ações que devem respeitar a dignidade, a liberdade, os direitos sociais e humanos fundamentais. 

O evento possibilitará também a construção de propostas e estratégias que se contraponham ao tratamento conferido por diversos governos às temáticas, que vêm sendo tratadas como objeto da área de segurança pública e enfrentadas com ações repressoras e violentas, principalmente contra as pessoas em situação de rua e em uso abusivo de álcool e outras drogas, em especial contra aquelas que fazem tal uso no espaço público, como nas denominadas “cracolândias”. Tais ações criminalizam usuários e usuárias e reforçam um caráter de higienização, já que buscam afastar essa população do espaço urbano.

Sabemos que estas respostas repressoras contrariam os princípios éticos e políticos do Serviço Social brasileiro e trazem impactos para o trabalho profissional de assistentes sociais, no sentido do acesso às políticas públicas e na construção de estratégias coletivas, democráticas e livres ao enfrentamento das situações vivenciadas por usuários e usuárias.


Nesta conjuntura em que são propostas modificações na política de saúde mental que ameaçam os avanços da Reforma Psiquiátrica no país e caminham na contramão do modelo de atenção que preconiza a desinstitucionalização e a reabilitação psicossocial, é fundamental que a categoria debata e organize ações de resistência.