Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de julho de 2020

MPF instaura procedimento para apurar ciberataques em atividade com temática étnico-racial do IFRS

Sexta, 9 de julho de 2020
Grupo interferiu no evento manifestando linguagem ofensiva e de cunho racista e sexual

Arte com fundo azul. Em branco no centro da tela está escrito MPF e abaixo em ação
Arte: Secom/PGR

O Ministério Público Federal (MPF), através da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, instaurou procedimento para apurar o ataque cibernético realizado durante a webconferência “Roda de Conversa: como funciona o racismo, um olhar de moradores da Restinga”, realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), na tarde desta quarta-feira (8).
Durante a atividade pedagógica houve a interferência de um grupo organizado de pessoas manifestando linguagem ofensiva, de cunho racista e sexual. Ao que ficou registrado, essas pessoas tinham notoriamente o intuito de cercear o debate acadêmico que ocorria com mais de 60 participantes.
Também há notícias de outras intervenções recentes em atividades acadêmicas de instituições de ensino superior, a exemplo da interferência em 06/07/2020 durante a palestra “Saúde e Nutrição da População Negra”, realizada pela Escola de Enfermagem de UFRGS, no curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


Segundo o procurador da República Enrico Rodrigues de Freitas, “atos de intolerância como os relatados não se constituem em liberdade de expressão, mas se constituem em crimes de racismo, e ainda violam a liberdade de apreender e ensinar, a autonomia universitária, bem como interferem em atos de ensino e extensão em instituições de ensino federal, merecendo uma apuração e punição pelo Estado brasileiro.”


Do MPF