Maior ponte suspensa por cabos do mundo, o projeto saudita de interligar Djibuti ao Iêmen fomenta o debate geopolítico, mas também sobre o ineditismo do projeto arquitetônico. Teriam os sauditas se inspirado na Ponte JK, de Brasília.
Por Chico Sant’Anna
Uma ponte para conectar a África à Ásia promete ser uma grande polêmica geopolítica internacional. Prevista para ser construída a mais de 11 mil km da Capital Federal, a Ponte dos Chifres deve acalentar muitos debates também aqui em Brasília, principalmente entre profissionais e amantes da arquitetura. Quem olha pra maquete eletrônica traz logo à mente a semelhança com a Ponte JK e seus arcos assimétricos, característicos da edificação candanga.
O projeto vem sendo acalentado desde 2007. A autoria da proposta já é um dos pontos das muitas polêmicas que deverão agitar as grandes potências. Rata-se de uma iniciativa do megaempresário saudita da construção civil, dono da Noor City Development Corporation, o xeique Tarek Bin Laden, meio irmão de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda.
Com 32 quilômetros de extensão e 700 metros de altura, a Ponte dos Chifres será a maior ponte suspensa do mundo. Sua localização, o estreito de Bab al Mandeb, “Portão das Lágrimas” em árabe, é o ponto mais curto entre os dois continentes, mas o local é historicamente um dos mais tensos no Planeta.
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