Terça, 25 de fevereiro de 2025

A Capital Federal, que é conhecida pelas desigualdades socioeconômicas, também apresenta uma realidade desigual quando se avalia a distribuição, pelas suas diversas regiões administrativas, do verde, em especial das árvores. Projeto de lei apresentado na Câmara Distrital pelo deputado Fábio Félix (Psol) pretende socializar as frondosas sombras, criando regras para um tratamento equânime nas ações de plantio de árvores pelo Poder Público. Foto de Márcia Turcato.
Texto e demais fotos de Chico Sant’Anna
Brasília foi criada sob a perspectiva de cidade parque, rica em jardins e árvores. O Plano Piloto, talvez, até tenha seguido a cartilha, mas o certo é que na atualidade, a Capital Federal não desponta, sequer, entre as dez cidades mais arborizadas do Brasil, segundo dados coletados pelo IBGE, no censo de 2010. Enquanto Goiânia, aqui do lado, lidera as cidades com mais árvores, com 89,3% de seus domicílios localizados em vias arborizadas, por aqui, a taxa é de 36,9%. E isso reflete uma média, pois há localidades onde a situação é ainda mais grave e as recentes ações oficiais de plantio de árvores não têm contribuído para reverter esse quadro. Um projeto de lei apresentado pelo distrital Fábio Félix (Psol) pretende, contudo, socializar mais as frondosas sombras.

Plantar árvores não é só uma questão de estética urbana. Em tempos de aquecimento solar, trata-se de um recurso que ajuda o ser humano a enfrentar as intempéries, sejam as ondas de calor, sejam as inundações. Além disso contribui para melhorar a qualidade do ar que se respira, retirando CO² da atmosfera. Promove ainda a qualidade da água, além de uma série de benefícios para a vida silvestre local.
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