Sábado, 8 de março de 2025
Buritis, alguns em fase de frutificação, foram derrubados próximo à Brazlândia em decorrência das obras de duplicação da BR-080. Moradores questionam porque o trajeto da via não desviou da pequena vereda, próximo ao Córrego Olaria, onde vicejavam as palmeiras que são protegidas legalmente e consideradas Patrimônio Ecológico-Urbanístico do Distrito Federal. (Mosaico fotográfico com foto do Google Street e de cenas da atualidade após o desmate).
Por Chico Sant’Anna
Árvore símbolo de Brasília, com um exemplar imponente ao centro da Praça do Buriti, a Mauritia flexuosa, popularmente conhecida como Buriti, é protegida por lei na Capital Federal. Desde 1993, é considerada Patrimônio Ecológico-Urbanístico do Distrito Federal, inicialmente pelo Decreto 14.783 e, posteriormente, reforçado pelo decreto nº 39.469, de 2018. Ainda assim, diversos buritis foram abatidos perto de Brazlândia, em decorrência da duplicação da BR-080. A obra, integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal; envolve um trecho de 24 km a um custo de R$ 315 milhões.
Pela lei, patrimônio ecológico-urbanístico são aquelas espécies tombadas pela sua raridade, beleza, localização e função ecológica e que formam paisagem urbana verde e que são consideradas de relevante interesse ambiental, urbanístico, cultural, histórico, científico e de composição da harmonia do meio ambiente urbano do Distrito Federal.
