Quarta, 8 de dezembro de 2021

Para o médico infectologista Alexandre Padilha, o movimento do STF é “provocado pela sociedade, partidos políticos, governadores e prefeitos” - Marcos Oliveira/Agência Senado
Governo anunciou a quarentena de cinco dias para a entrada de viajantes no país, após Corte determinar uma manifestação
Caroline Oliveira
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 08 de Dezembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recusou a recomendação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) de cobrar o comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada de viajantes no Brasil, tendo em vista a descoberta da nova variante, a ômicron. O governo decidiu adotar apenas uma quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados.
A deliberação foi anunciada nesta terça-feira (7) pelos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Advocacia-Geral da União, Bruno Bianco, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu um prazo de 48 horas, na segunda feira (6), para o governo federal se manifestar acerca das recomendações da Anvisa.
A determinação de Barroso atendeu a uma ação do partido Rede Sustentabilidade, protocolada na Corte no dia 26 de novembro, solicitando a adoção das medidas recomendadas pela agência, feitas no dia 25 de novembro.
Ainda que o governo não tenha adotado de forma integral as recomendações da Anvisa, esta não é a primeira vez que a gestão Bolsonaro realiza alguma medida no âmbito da pandemia de covid-19 somente após ser cobrada pelo STF.
Vacinas Pfizer ao estado de São Paulo
Em agosto deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski determinou ao Ministério da Saúde o restabelecimento da distribuição de vacinas da Pfizer ao estado de São Paulo, a fim de garantir a aplicação da segunda dose.