Segunda, 2 de novembro de 2020
Interesse da indústria, patentes e domínio de países ricos podem criar desigualdade na distribuição do imunizante
Brasil tem dois acordos para receber vacinas, mas nada garante que os imunizantes chegarão logo - Agência Brasil/ReproduçãoOs interesses da indústria farmacêutica e dos países ricos determinarão quando e a quem uma provável vacina contra a covid-19 chegará, segundo pesquisadores ouvidos pelo Brasil de Fato.
Apesar de esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que a distribuição seja geoeconomicamente igualitária, é provável que o dinheiro divida ricos imunizados de pobres suscetíveis ao vírus por algum tempo.
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O Brasil está entre países com boa condição ao privilégio de receber as primeiras levas da vacina, quando ela estiver registra. A distribuição nacional, no entanto, também tende a ser desigual entre estados ricos e pobres.
“Se não houver uma coordenação, uma estratégia, de compra e distribuição a nível nacional, vai haver uma desigualdade muito grande entre os estados que podem pagar e os que não podem pagar”, afirma a médica epidemiologista e pesquisadora Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, nos Estados Unidos.