Segunda, 11 de abril de 2022

Representação teatral feita por jovens participantes do acampamento na Curva do S - Eleonora de Lucena
Em 2022, evento volta ao formato presencial e deve reunir 150 participantes de diferentes partes do país
Pedro Stropasolas
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
11 de Abril de 2022
17 de abril de 1996, um dia para sempre marcado na história da luta camponesa. Nesse dia, uma das ações mais violentas praticadas pelo Estado brasileiro contra famílias do campo chocou o país.
No trecho conhecido como "Curva do S", no sudoeste do Pará, a Polícia Militar assassinou 21 pessoas entre os milhares de trabalhadores sem terra que faziam uma marcha pacífica em direção a Belém. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Eldorado do Carajás.
A revolta dos camponeses com a chacina, que completa 26 anos neste ano, estimulou o início de um dos períodos de maior efervescência da luta pela terra no país e no mundo, e abril foi instituído como o mês das mobilizações.
"A gente passa a ter a referência do abril como esse mês de fortalecimento da luta dos sem terras em torno da desapropriação. E essa indignação, esse sentimento de revolta que toma conta das massas, impulsiona a organização a pautar o estado brasileiro de uma forma mais contundente, compreendendo a reforma agrária agora em diversas dimensões", explica o jovem Pablo Carvalho Neri, membro da direção estadual do MST no Pará.

No local onde as mortes ocorreram, no trecho conhecido como Curva do S da PA-275, sem-terra fazem homenagens às vítimas do massacre / Marcelo Cruz/Brasil de Fato
Acampamento Pedagógico da Juventude