Terça, 11 de janeiro de 2022
Emiliano José*
Desnudou a natureza da mortífera máquina de guerra dos EUA. Está sendo condenado à morte. Devido às suas precárias condições de saúde, não suportará o regime prisional dos EUA
Julian Paul Assange parece um enigma para esses tempos. Desde a revelação dos documentos sigilosos do governo dos EUA, em 2010, aparece assim para o mundo. A formulação liberal sobre as liberdades, de modo especial a chamada liberdade de expressão, não se aplica no caso dele. Vai sendo pouco a pouco crucificado. Vão apertando a coroa de espinhos em torno de sua cabeça, sem compaixão.
Poucas, muito poucas, as vozes dispostas a defendê-lo. A mídia tradicional, parte dela com imensa dívida com ele, repercute timidamente a crucificação. Não pode deixar de noticiar, mas o faz, torcendo o nariz, e sem o destaque merecido. Qual o crime de Assange? Quais os crimes?
Antes de tentar responder, vou ousar dizer uma coisa: Assange, ao fundar o WikiLeaks em 2006, iniciar a jornada do site, explodiu com a normalidade jornalística.