Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 8 de março de 2022

Homenagens, Dia da Mulher

 Março

8

Homenagens

Hoje é o Dia da Mulher.
Ao longo da história, vários pensadores, humanos e divinos, todos machos, cuidaram da mulher, por várias razões:

Pela sua anatomia
Aristóteles: A mulher é um homem incompleto.
São Tomás de Aquino: A mulher é um erro da natureza, nasce de um esperma em mau estado.
Martinho Lutero: Os homens têm ombros largos e cadeiras estreitas. São dotados de inteligência. As mulheres têm ombros estreitos e cadeiras largas, para ter filhos e ficar em casa.

Pela sua natureza
Francisco Quevedo: As galinhas botam ovos e as mulheres, chifres.
São João Damasceno: A mulher é uma jumenta teimosa.
Arthur Schopenhauer: A mulher é um animal de cabelos longos e pensamentos curtos.

Pelo seu destino
Disse Yahvé à mulher, segundo a Bíblia: Teu marido de dominará.
Disse Alá a Maomé, segundo o Corão: As boas mulheres são obedientes.

          Eduardo Galeano, "Os filhos dos dias",
2ª edição,2012,   página 88, L&PM Editores

domingo, 8 de março de 2020

Nada de incêndio na fábrica! Esta é a verdadeira história do 8 de março

Domingo, 8 de março de 2020
Da Revista 

Você também pode ler a reportagem diretamente na fonte clicando aqui.

O Dia da Mulher é uma data política, que vem da luta de mulheres operárias e não da morte passiva

por Lais Modelli
7 de março de 2017

Zetkin, a mulher que sugeriu a criação do Dia Internacional da Mulher. Foto: Arquivo

Há séculos, alimenta-se a ideia de que o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, teria surgido por causa da morte de 130 operárias carbonizadas em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911.

Intelectuais feministas, contudo, afirmam que essa versão trágica do surgimento da data, em que mulheres morreram de forma passiva enquanto trabalhavam, abafa a história de luta e mobilização das mulheres operárias do final do século 19, que se organizavam contra governos e patrões por melhores condições de trabalho.


A principal teórica no Brasil a trabalhar o tema do 8 de março é a socióloga Eva Blay, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenadora do USP Mulheres. Blay explica que a criação da data foi motivada “por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial”, e não somente pela morte de dezenas de mulheres exploradas pelo capital.

Segundo ela, desvincular o 8 de março, hoje considerado um dia festivo e capitalista – em que patrões e empresas insistem em “presentar” funcionárias com maquiagem, flores e serviços em salões de beleza – da luta de operárias por melhores condições de trabalho, é uma maneira de apagar  o protagonismo das mulheres em sua própria história social e política.