Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A renúncia como remédio (para o DF)

Terça, 9 de fevereiro de 2010
Que tal se Arruda tomasse a mais sensata decisão nesta quarta-feira? Que renunciasse ou, no mínimo, se afastasse do cargo de governador. Impossível acontecer? Não, não é impossível. É possível, sim.
Sua prisão foi requerida hoje pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); um bilhete de sua autoria é apontado como uma tentativa de mudar (ou corromper, como queiram) o depoimento que seria dado pelo Sombra, testemunha de Durval Barbosa, para que o governador ficasse bem na fita, mesmo tendo ficado horroroso no vídeo; agora a Polícia Federal tem documento que mostra o quanto Arruda pagava mensalmente para ser aplaudido em suas aparições públicas; escutas (ou tentativas de escutas) foram descobertas na CLDF, e o primeiro questionamento a ser feito é: a quem serviria tais escutas?
A defesa do governador fala uma coisa sobre qual a intenção do bilhete, mas o deputado Geraldo Naves, prova que a coisa é Barra Pesada (nome de seu programa na TV) e diz outra coisa totalmente diferente. Diz que recebeu o documento das mãos de Arruda para que o entregasse ao Sombra. Geraldo Naves, que era suplente, deixou o cargo de deputado na última sexta-feira.
Então, diante de tudo que já foi mostrado (vídeos, áudios, depoimentos, dinheiro, bolsas, sacos, sacolas, cuecas, meias) nesse escabroso caso envolvendo o Distrito Federal, não resta outra coisa que não seja a sensatez da renúncia ao cargo de governador. Mesmo que já tarde, mas que aconteça logo.