Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Rollemberg sela futuro sombrio para o Base

Segunda, 3 de julho de 2017
Do SindSaúde
O governador sancionou projeto que transforma o maior hospital da capital em instituto
Contrariando servidores, sindicatos, órgãos de controles, inclusive federais, e até mesmo o segmento religioso, o governador Rodrigo Rollemberg sancionou nesta segunda-feira (3) o projeto de lei n° 1486/2017, que vende o Hospital de Base (HBDF) à terceirização, transformando-o em instituto. O chefe do Executivo, no entanto, não é o único com as mãos sujas. Treze parlamentares pactuaram e proporcionaram um destino incerto para a saúde pública do DF.

Mesmo diante de inúmeras experiências negativas, como do Instituto Candango, cabide de empregos para apadrinhados políticos e fonte de desvio de recursos. Todas essas denúncias comprovadas com processos e prisões de três dirigentes da entidade acusados de sonegação previdenciária e peculato.
“Esse é um projeto nefasto, instrumento de falcatruas e corrupção. Esse Instituto não vai resolver o nosso problema de gestão. O que nós entendemos é, que o GDF quer fazer do Base uma fonte de empregos para seus patrocinadores de campanha. Pagando baixos salários a servidores qualificados e estimulando a alta rotatividade de funcionários,denuncia Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
Câmara também tem culpa
Mesmo com toda mobilização do SindSaúde, categoria e demais entidades, o projeto que viabilizou o IHBDF foi aprovado no último dia 20. Após uma longa votação regada à tensão e muitos protestos contra o PL, treze deputados deram carta branca à ação do Executivo. Confira quem são:
Agaciel Maia (PR)
Cristiano Araújo (PSD)
Joe Valle (PDT)
Juarezão (PSB)
Julio Cesar (PRB)
Liliane Roriz (PTB)
Lira (PHS)
Luzia de Paula (PSB)
Rafael Prudente (PMDB)
Robério Negreiros (PSDB)
Rodrigo Delmasso (Podemos)
Sandra Faraj (SD)
Telma Rufino (Pros)
SindSaúde apela à OAB
Um pedido de apuração da aprovação da lei pela CLDF foi encaminhado  à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), pois a forma como o projeto foi aprovado pode gerar uma Ação de Inconstitucionalidade (ADIN) no futuro. 
Antes de aprovado, o projeto deveria passar pelo crivo da Procuradoria Geral do Distrito Federal (PGDF), um rito que não foi respeitado. Manobras para flexibilizar a contratação de funcionários e de insumos também são citadas no documento entregue à OAB.
Ofício 108 2017 OAB Projeto de Lei Instituto Hospital de Base 1
Ofício 108 2017 OAB Projeto de Lei Instituto Hospital de Base 1

Ofício 108 2017 OAB Projeto de Lei Instituto Hospital de Base 2
Ofício 108 2017 OAB Projeto de Lei Instituto Hospital de Base 2