Quinta, 7 de junho de 2018
Do
Clube de Engenharia
Clube de Engenharia
Protagonista na economia brasileira, Petrobras é alvo do mito
de que estaria quebrada financeiramente. À mesa do painel,
Paulo César Lima, Francis Bogossian, Pedro Celestino, Cláudio
Lima e Felipe Coutinho. Foto: Fernando Alvim
Empresa brasileira no rol das mais valiosas em ações, uma das líderes mundiais no setor de petróleo e gás e símbolo do nacionalismo que impulsionou a industrialização do Brasil nos anos 1950, a Petrobras tem reconhecido protagonismo na economia brasileira. Nos últimos anos, no entanto, tem sido alvo de narrativas que distorcem sua real situação financeira, que permanece saudável mesmo diante de casos de corrupção. Para discutir o mito de que a empresa está "quebrada" e, portanto, deveria privatizar suas subsidiárias, o Clube de Engenharia e a Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) realizaram, em 5 de junho, o painel "O mito da Petrobras quebrada, política de preços e suas consequências para o Brasil". Foram convidados para o evento Cláudio Oliveira, economista aposentado da Petrobras; Felipe Coutinho, presidente da AEPET; e Paulo César Ribeiro Lima, doutor em Engenharia Mecânica, ex-pesquisador líder do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, e atual consultor legislativo para o setor de petróleo e gás na Câmara dos Deputados.
"Queremos discutir a farsa do desmonte da Petrobras e as consequências nefastas da política que vem sendo implementada na empresa para fazer com que ela deixe de cumprir o papel histórico que tem desde que foi criada, na década de 1950: o papel de garantir ao país e à sociedade o suprimento de combustíveis e petroquímicos, a segurança, para que possa haver o desenvolvimento em nossa terra", afirmou Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, na abertura do evento. "Estamos sujeitos a um processo de desmonte que nos remeterá, se não for sustado pela sociedade, ao tempo que esse país importava tudo. Voltaremos à condição colonial, de exportadores de matérias-primas, de óleo bruto e importadores de refinados e de petroquímicos", alertou. "É preciso defender políticas públicas que assegurem a preservação desse patrimônio que é a Petrobras, em benefício do nosso povo".