Quarta, 8 de novembro de 2017
Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Ações e políticas de segurança pública adotadas no Brasil desde a
década de 1990 estão na contramão do que mostram as pesquisas e as
evidências. É o que aponta publicação divulgada hoje (7) pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para os pesquisadores do
instituto, o governo federal deveria liderar a política de segurança
pública com uma atuação baseada na indução, na capacitação e no
financiamento, assim como ocorre em países como Estados Unidos,
Inglaterra e Espanha. Somente a operacionalização direta de ações é que
deveria ser atribuição dos governos estaduais.
"No Brasil, muita
coisa acontece na base do achismo, de última hora. Então ocorre uma
chacina, daí se faz uma reunião e daqui a pouco coloca uma força
policial naquela localidade ou o Exército. E são ações que se
caracterizam apenas como espetáculos midiáticos. Porque não vão resolver
nada. Daqui a uma semana, volta tudo a ser do mesmo jeito", avalia o
pesquisador Daniel Cerqueira, técnico do Ipea.