“ Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
(Millôr Fernandes)
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
TCDF apura denúncia de suposto favorecimento em seleção do IGES-DF para enfermeiro-auditor
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Janeiro
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
LANÇAMENTO ONLINE — “Se não fosse o SUS . . .”: documentário fala sobre a saúde pública atuando contra a pandemia
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MPF consegue suspensão de reintegração de posse contra comunidade indígena Pataxó no município de Prado (Bahia)
ARBORICÍDIO NO GAMA OESTE CAUSA INDIGNAÇÃO EM MORADORES
O ano de 2022 será de muitas lutas
A pedido do MPF, TRF1 anula autorizações para exploração mineral em terras indígenas
MST recebe prêmio por atuação em município atingido por enchentes no Sul da Bahia
O Estado Nacional e o colonizador derrotado
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Coisas da morte na Sejus/DF: Justiça anula licitação para prestação de serviços funerários no DF
MPF recomenda a cassação de títulos honoris causa concedidos a Médici e Costa e Silva pela Ufrgs
A revolta negra que sacudiu Salvador no Ramadã de 1835. Por Sayid Marcos Tenório.
Mobilidade: Ônibus de Caiado atropela Ibaneis


EDITORIAL: O impacto da venda da BR Distribuidora na Petrobrás e nos consumidores
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
IMPRENSA IDEOLÓGICA, GOVERNO DE OCUPAÇÃO
Segunda, 24 de janeiro de 2022
Por Pedro Augusto Pinho
O administrador, jurista, sociólogo e acadêmico fluminense Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951) escreve em “Problemas de Organização e Problemas de Direção” (1952): “os nossos sistemas de educação têm concorrido para agravar (a falta do sentimento nacional) em nossa formação social”.
E este arguto observador da nossa sociedade enfatiza que a “ausência do sentimento de grupo” faz do brasileiro um indivíduo desvinculado da comunidade; um ser isolado, sem ideia do sacrifício individual em favor do grupo, da solidariedade, da cooperação. E assim o Brasil se torna terra fértil para a exploração estrangeira, para ser a eterna colônia dos interesses alienígenas.
Dever-se-ia comemorar neste ano o bicentenário da independência, mas se pergunta: independência do que ou de quem? Melhor diria que comemoramos o primeiro golpe aplicado em nossa incipiente soberania, após ato sem consequência prática: a convocação da Assembleia Constituinte para elaborar a Constituição, o documento de potestade, do poderio da nova Nação.
Na Livraria do Senado há um exemplar de “A Constituinte Perante a História”, de Francisco Inácio Marcondes Homem de Mello (1837-1918), escritor, jurista e político, que esmiuçou o golpe aplicado por D. Pedro I na própria independência do Brasil.
Antes de focar a questão do golpe no ideal de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o cientista e político Patriarca, autor do primeiro projeto para o Estado Brasileiro, discorreremos sobre o significado da educação no Brasil.
Nossa história sempre ignorou as populações originárias. Só viemos a ter informações mais organizadas sobre elas com os trabalhos de médicos que se constituíram nos primeiros antropólogos brasileiros, muitas vezes partindo de estudos sobre os negros africanos trazidos como escravos. Os cinco primeiros que devem ter registro pela senioridade e porque saíram de diversos pontos do Brasil são:
1) Raimundo Nina Ribeiro, maranhense, nascido em 04/12/1862 e falecido em 17/07/1906; 2) Edgard Roquette-Pinto, carioca, 25/09/1884-18/10/1954; 3) Arthur Ramos de Araujo Pereira, alagoano, 07/07/1903-31/10/1949; 4) Osvaldo Rodrigues Cabral, catarinense, 11/10/1903-17/02/1978; e 5) Thales Olympio Góes de Azevedo, baiano, 26/08/1904-05/08/1995.
Mas não se pode deixar de mencionar dois gênios, o também médico Manoel José Bomfim, sergipano, nascido em 8 de agosto de 1868 e falecido em 21 de abril de 1932, e o mineiro Darcy Ribeiro, que completaria seu primeiro centenário de nascimento em 26 de outubro próximo, falecendo em Brasília, em 17 de fevereiro de 1997. Curiosamente este último, o único formado em ciências sociais, saiu de Montes Claros para Belo Horizonte com o intuito de estudar medicina.
Nestas considerações vamos nos valer, principalmente, das obras de Arthur Ramos, Manoel Bomfim e Darcy Ribeiro e dos trabalhos do Instituto Sócio Ambiental de SP (pib.socioambiental.org/pt/
Dois conhecimentos, afirma Darcy Ribeiro, são essenciais sobre nossos ancestrais, primitivos habitantes do Brasil: o imperativo genético (“200 mil mulheres índias geraram o primeiro milhão de brasileiros”, em “Diários Índios - Os Urubu-Kaapor”, 2014) e a cultura dos nomes das coisas da natureza e do saber o cultivo das roças e árvores frutíferas, ou seja, para alimentação. Somos assim índios em corpo e mente.
A desinformação implantada em nossas ideias principia com o apagar das populações primitivas. Para a pedagogia colonizadora, o Brasil começa com a chegada dos portugueses e nem mesmo discorre sobre a imensa contribuição das populações negras, trazidas como mercadoria para o Brasil.
Vamos aceitar o desafio e analisar estes europeus colonizadores. A dinastia descobridora do Brasil fora estabelecida em 1385, pelo Mestre de Avis, que tomou o título de Dom João I (10º rei português), governando até 1433. Até Dom Manuel (1495-1521), Portugal teve outros três soberanos, tendo ocorrido no reinado do antecessor de D. Manuel (D. João II), o Tratado de Tordesilhas (07/07/1494), fixando o meridiano que separaria as terras portuguesas daquelas dos reis de Castela. Este Tratado se tornara necessário pela disponível condição tecnológica e ambição destes dois reinos para disporem de terras fora do território europeu.