Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Mobilidade: Ônibus de Caiado atropela Ibaneis

Terça, 25 de janeiro de 2022

A mais nova iniciativa que coloca Goiás à frente do DF é a introdução de ônibus articulado 100% elétrico, que substituirá toda a frota que circula no Eixo Anhanguera, uma espécie de BRT. Ao contrário dos antigos trolley-bus, os novos veículos não são energizados por redes elétricas aéreas e sim por baterias de fosfato ferro lítio, que permitem viajar 250 km sem a necessidade de nova carga. Os veículos possuem 22 metros de extensão, piso rebaixado, capacidade para 170 passageiros, além de espaços para cadeirantes, ar-condicionado ionizado, carregadores de celular e Wi-Fi interno.

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Chico Sant’Anna

Desde o início de suas gestões, Ronaldo Caiado (Dem) e Ibaneis Rocha (MDB) competem para ser o maior protagonista, como na velha disputa entre Arena e MDB, dos tempos da Ditadura Militar. O mais recente episódio se refere à introdução de ônibus articulados, do tipo BRT, movidos a eletricidade. Goiânia dá um salto de qualidade de sustentabilidade deixando a Capital Federal pra trás.
Ao longo dos últimos quatro anos, a convivência entre os dois vizinhos não foi muito pacifica.

O confronto entre os dois governadores teve início logo no início de seus mandatos. Ibaneis foi inspecionar a possibilidade de instalar o Trem Regional para Luziânia. Ao tomar conhecimento, o governador goiano ligou aborrecido ao dirigente candango e, segundo o portal Metrópoles, à época, foi possível ouvir impropérios de lado a lado. Depois desse episódio, representantes da bancada goiana no Congresso Nacional apresentaram projeto de lei que abocanharia para Goiás, parte do Fundo Constitucional do DF. Caiado ainda decidiu revitalizar o aeroporto Santa Genoveva, tornando Goiânia uma alternativa de transporte de cargas e, até mesmo, portão internacional, em concorrência ao aeroporto JK. Dia 22, ao mesmo tempo em que o brasiliense tomava ciência de mais uma crise na Saúde, com a renúncia do presidente do IGES-DF, general Gislei Morais, Caiado autorizava R$ 87,2 milhões para a conclusão das obras do Hospital Estadual de Águas Lindas, com 163 leitos e ambulatório com 22 consultórios, e ainda centro cirúrgico com oito salas.