Quinta, 8 de setembro de 2009
O Gama, região administrativa do Distrito Federal, está comemorando no dia 12 seu 49º aniversário. O governo, como sempre, e em véspera de aniversário, está dando uma penteada na cidade, para tentar demonstrar o que a cidade não é. Para iludir os menos atentos de que suas ruas estão sempre limpas, seus meios-fios pintados, suas frondosas árvores sempre podadas e bem tratadas, suas faixas de pedestres com a luz de advertência sempre piscando. Uma maquiagem que também irá embora quando a festa acabar, a comitiva do governador abandonar a cidade, os deputados terminarem a sessão solene em comemoração ao aniversário da cidade, quando tudo voltar ao normal.Ontem, por exemplo, no balão em frente à loja Supermaia (Praça da Bílbia) as árvores estavam sendo podadas. Pela grande quantidade de galhos no chão e sendo derrubados, dá para imaginar que a última poda deve ter sido na semana que a cidade completou os 48 anos, portanto, há um ano.
No centro do Gama, próximo à rodoviária, a maquiagem foi com a pintura de cal nos meios-fios. Por sinal, logo após a pintura de uma parte desses meios-fios, no dia de ontem, caiu uma chuva, não muito forte. Foi o bastante para levar boa parte da pintura.
Essa é a penteada do Gama. Quanto à agressão referida no título desta postagem, é a destruição de suas áreas verdes e passagens de pedestres (cerca de 700). Elas estão sendo destruídas, deteriorando a qualidade de vida dos moradores, por força da Lei 780 de 2008, aprovada pela Câmara Legislativa do DF, inclusive com a articulação de dois deputados que se dizem representantes da comunidade do Gama. A Lei é também da responsabilidade do governador Arruda, a quem coube dar o pontapé inicial para criar a lei, bem como o gol final (contra o Gama, claro), quando a sancionou.
Foto de Lygia - por volta das 14 horas de ontem.
Uma hora depois a chuva levou metade da maquiagem