Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os impactos da transposição nas comunidades Semi-árido

Quinta, 8 de abril de 2010
Do site Brasil de Fato
Em entrevista ao Brasil de Fato Roberto Malvezzi, o Gogó, da CPT, avalia os impactos das obras que seguem de forma acelerada pelo sertão nordestino
Patrícia Benvenuti - de Juazeiro (BA)
Impactos ambientais e sociais, uma revitalização que mal saiu do papel e traz muita incerteza. Esse tem sido o saldo das obras da transposição do rio São Francisco que, quase três anos depois do seu início, segue acumulando danos para as populações da região.
Apresentada como uma dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, a transposição deve ter parte de suas obras concluídas até o final deste ano, prometendo levar água para 12 milhões de pessoas na Paraíba, no Ceará e no Rio Grande do Norte.
Antes mesmo do começo das obras, porém, organizações populares já alertavam que o intuito da transposição é disponibilizar água para projetos de irrigação e produção de crustáceos em larga escala, favorecendo o agronegócio e o mercado internacional.
Se a resistência popular teve seu momento mais forte com o jejum do bispo de Barra (BA), Dom Luiz Cappio, no final de 2007, o endurecimento das comunidades contra a transposição deve crescer à medida em que os impactos ficarem mais evidentes e as promessas de melhorias não forem cumpridas.
A avaliação é do integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Roberto Malvezzi, o Gogó. Em entrevista concedida ao Brasil de Fato durante o VII Encontro Nacional da Articulação no Semiarido Brasileiro (EnconASA) em Juazeiro (BA), no final de março, Gogó falou sobre o andamento das obras da transposição e as consequencias do empreendimento para a região.
Leia a entrevista completa sobre "Os impactos da transposição nas comunidades Semi-árido"