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(Millôr Fernandes)
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sábado, 31 de janeiro de 2015

A carga tributária de 2013 e o pacote de elevação de tributos: a profunda injustiça fiscal brasileira persiste

Sábado, 31 de janeiro de 2015
Por Aldemario Araújo Castro — Mestre em Direito, Procurador da Fazenda Nacional, Professor da Universidade Católica de Brasília, Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (pela OAB/DF)
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A Receita Federal do Brasil divulgou os dados da Carga Tributária Bruta (CTB) para 2013 (1). A arrecadação tributária total de cerca de 1,741 trilhão de reais representou 35,95% do Produto Interno Bruto (PIB). Numa afirmação simples, sem maiores rigores técnicos, o Poder Público, via tributação, ficou com quase 36% da riqueza produzida pela sociedade brasileira em 2013.

Com a divulgação desses números, os grandes meios de comunicação veicularam inúmeras notícias com três enfoques basicamente (2): a) foi o maior patamar na série histórica iniciada em 2004; b) a presença do Brasil como a décima terceira maior carga tributária entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e c) quanto cada brasileiro pagou, em média, de tributos em 2013.

A divulgação da carga tributária bruta, da quantidade de reais arrecadados e da média de pagamento de tributos por cidadão esconde a profunda injustiça fiscal existente na sociedade brasileira. Com efeito, quando a análise envolve o volume de tributos pagos em função da condição socioeconômica de cada classe de contribuintes o quadro observado é, no mínimo, desolador.

No último dia 19 de janeiro, a equipe econômica do Governo Dilma 2.0, anunciou várias medidas voltadas para o aumento da tributação sobre o consumo, com o “conveniente esquecimento” da oneração tributária do capital e da propriedade. Teremos aumentos: a) da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), que incide sobre o diesel e a gasolina, atualmente zerada; b) do PIS/COFINS sobre os combustíveis; c) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos ao consumidor e d) do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em função de certos ajustes na área de cosméticos (3). Na mesma linha, a correção “integral” da tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas foi vetada (4).

Alinho, de forma bastante sumária, quase telegráfica, os principais traços condutores da profunda injustiça do sistema tributário brasileiro:

a) “uma tributação bastante concentrada no consumo (15,2% do PIB, em 2008), seguida pela renda (7,8%) e folha de pagamentos (6%), enquanto a tributação sobre operações financeiras (0,7%) e sobre o patrimônio (1,1%) é bastante reduzida” (destaques inexistentes nos originais) (5). “Segundo dados do Ipea, em 1996, famílias com renda até dois salários mínimos arcavam com uma carga tributária de 28,2%; em 2003, o ônus tributário elevou-se para 48,9%./Na faixa de renda familiar superior a trinta salários mínimos também houve elevação da carga tributária, mas em menor proporção, de 17,9% para 26,3%, no mesmo período” (6);

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Imposto Justo: agora é hora de coletar assinaturas

Quinta, 23 de maio de 2013

Darcy Leite
Lançada a campanha “Imposto Justo” na Câmara dos Deputados na terça-feira, o Sindifisco Nacional parte para a segunda etapa deste projeto de iniciativa popular, que depende, agora, do apoio da sociedade brasileira: a coleta de 1,5 milhão de assinaturas necessária para que o projeto possa cumprir a tramitação necessária no Legislativo.

No cabeçalho do site do Sindifisco Nacional está o logo da Campanha. Clicando sobre ele, o internauta é redirecionado ao site do Imposto Justo (www.sindifisconacional.org.br/impostojusto), onde pode conhecer mais sobre a proposta que busca “informar e mobilizar a população brasileira para corrigir, junto ao Congresso Nacional, as irregularidades observadas atualmente na tabela de Imposto de Renda”.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Procuradores da Fazenda Nacional fazem campanha de alerta sobre peso da carga tributária

Segunda, 18 de março de 2013
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Toda vez que um brasileiro compra um xampu, 44,2% do preço vai para os cofres públicos. Ao adquirir um protetor solar, a parte destinada ao governo corresponde a 41,74% do valor pago. Quase um terço do preço do açúcar (32,33%) também acaba no caixa do setor público.

Todo esse dinheiro está nos tributos – federais, estaduais e municipais – embutidos nas mercadorias. Para conscientizar a população sobre o peso e a distribuição da carga tributária, o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) promove a partir de hoje (18) a campanha “Quanto Custa o Brasil pra Você?”.

As atividades ocorrem até o próximo sábado (23). O principal evento será o lançamento de aplicativos para tablets e smartphones com o peso dos impostos sobre os produtos. Desenvolvido pelo Sinprofaz com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os programas estão disponíveis nos sistemas iOS, da Apple, e Android e podem ser baixados de graça nas respectivas lojas virtuais da Apple (Apple Store) e Google Play (Android).