Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LAOS: Bombas da guerra do Vietnã ainda matam camponeses

Sexta, 23 de setembro de 2011
Da Pública
Por Bobby Caina Calvan, do Center for Public Integrity  A laosiana Liangkham Laphommavong tem um dos empregos  mais perigosos do mundo. Até o seu filho de 9 anos sabe disso, e protestou quando, no início de mais uma jornada, ele saiu para juntar-se ao grupo de 17 mulheres que rotineiramente colocam suas vidas em risco.

Em todo Laos, país que fica ao oeste do Vietnã, elas caminham por bucólicas plantações de arroz, florestas e montanhas – uma paisagem que esconde o perigo do seu trabalho. Laphommavong é uma caça-bombas, perscrutando terrenos rurais, centímetro por centímetro, em busca de bombas não explodidas.

Há cerca de 80 milhões de bombas que não explodiram ainda em todo Laos—são os resquícios letais de uma guerra secreta contra os comunistas levada a cabo pelos Estados Unidos há quatro décadas.

Pesquisando um campo suspeito, Laphommavong estava armada apenas de sua coragem e um detector de bombas portátil.

O seu rosto estava tenso enquanto ela olhada fixamente para o chão.  Com botas negras, caminhava deliberadamente em um campo de arroz não-cultivado; o detector soava repetidamente ao ser aproximado de pedaços de terra estéril e tufos de mato.

Ao longo de um ano em que ela trabalha como caça-bombas, o seu detector encontrou diversos objetos suspeitos. Quando o alarme soa mais rapidamente, também o seu coração acelera, avisando que é hora de ajoelhar para, com uma pequena espátula, cavar cuidadosamente e averiguar o que está debaixo da terra.

“Eu tenho medo todo o tempo,” diz a mãe solteira de 32 anos. “Temos que tomar cuidado a cada passo que damos. Sempre temos em mente que pode haver uma bomba”.

Leia a íntegra.