Quinta, 24 de novembro de 2016
A revolta do profissional se deve ao fato de um
paciente não poder ser transferido do Hospital do Paranoá: “Um embuste,
uma estupidez”
Do Metrópoles
Carlos Carone
“Um embuste, uma mentira, além de uma estupidez elevada à quinta
potência”. A frase foi escrita por um médico da rede pública do Distrito
Federal em um documento ao se referir à forma com que a Secretaria de
Saúde está tratando o caso de um paciente com suposta morte cerebral,
internado no Hospital Regional do Paranoá (HRPa). A revolta do
profissional se deve ao fato de o homem não poder ser transferido de
unidade por falta de combustível nas ambulâncias.
No documento datado desta quarta-feira (23/11), o médico reclama que
não adianta manter o paciente na lista da Central de Regulação de
Internação Hospitalar (CRIH), setor responsável pela liberação de leitos
nas unidades, se não há como transferi-lo para o Hospital de Base. “Sem
combustível, sem ambulância que permita o transporte para submetê-lo a
uma tomografia computadorizada seria o supremo desrespeito com a família
dele, um embuste, uma mentira, mantê-lo nesta lista”, critica.