Quarta, 23 de novembro de 2016
André Richter - da Agência Brasil
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Cármen Lúcia, marcou para o dia 1º dezembro o julgamento sobre a
denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia for
aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do processo é
o ministro Edson Fachin.
Saiba Mais
Segundo
a denúncia, que tramita no STF desde 2013, Renan teria usado o lobista
de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do
casamento. O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos
para justificar os pagamentos. Renan nega as acusações. O caso foi
revelado em 2007.
A defesa de Renan sustenta que o senador “já
esclareceu todos os fatos relativos a esta questão e é o maior
interessado no esclarecimento definido do episódio”. Segundo a
assessoria de Renan, o parlamentar “foi o autor do pedido de
investigação das falsas denúncias em 2007, há quase dez anos.”
Em
fevereiro deste ano, Fachin já tinha pautado a ação para julgamento
mas, no mesmo mês, foi retirada da pauta depois que a defesa de Renan
Calheiros apresentou um recurso alegando a existência de uma falha na
tramitação do processo.