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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 20 de março de 2018

Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão pede ao Sesi esclarecimentos sobre recolhimento de livro que aborda histórias de princesas negras

Terça, 20 de março de 2018
Do MPF
Desde 2008, a Lei Federal 11.645 incluiu a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede pública de ensino
Capa do livro "Omo-oba - Histórias de Princesas"
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF) deu prazo de dez dias para a que a Escola Sesi, em Volta Redonda (RJ), apresente esclarecimentos sobre o recolhimento do livro paradidático "Omo-oba - Histórias de Princesas", da Editora Mazza. 
Um ofício com o pedido de informações foi encaminhado ontem (19) pela procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat.

De acordo com denúncias recebidas pelo órgão do Ministério Público Federal, a obra teria sido retirada pelo Sesi de sua grade de livros didáticos após alguns pais terem questionado o conteúdo da publicação. O livro "Omo-oba - Histórias de Princesas" reconta mitos africanos, divulgados nas comunidades de tradição ketu. 
Desde 2008, a Lei Federal 11.645 incluiu a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede pública de ensino. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em aprovada pelo Conselho Nacional de Educação e homologada pelo Ministério da Educação em dezembro de 2017, também traz entre suas competências gerais, o estímulo à empatia, ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação, “fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza”.
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