Domingo, 15 de abril de 2018
Por
Aldemario Araujo*
SAÚDE E BEM-ESTAR
50 textos (um a cada final de semana). Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros. Veja todos os escritos em: http://www.aldemario.adv.br/sa ude.htm
15 GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
No escrito anterior, destacamos a enorme importância prática da classificação dos alimentos preconizada no “Guia alimentar para a população brasileira”, veiculado pelo Ministério da Saúde.
Na referida publicação, a escolha dos alimentos considera os seguintes grupos: a) in natura ou minimamente processados; b) produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias; c) produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado (alimentos processados) e d) produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial (alimentos ultraprocessados).
O aludido guia, na sua segunda edição, está disponível no seguinte endereço eletrônico: http://portalms.saude.gov.br/p romocao-da-saude/alimentacao-e -nutricao/guia-alimentar-para- a-populacao-brasileira.
Por ser uma publicação oficial (ou de governo) e resultar de uma conjugação de vários esforços, o trabalho ganha singular importância. A apresentação do documento destaca: “a segunda edição do guia passou por um processo de consulta pública, que permitiu o seu amplo debate por diversos setores da sociedade e orientou a construção da versão final, aqui apresentada”.
As principais recomendações do guia são veiculadas na forma de “dez passos para uma alimentação adequada e saudável”. São eles:
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
3. Limitar o consumo de alimentos processados.
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.
6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo, no estudo “Padrões alimentares de adolescentes obesos e diferentes repercussões metabólicas” (http://www.scielo.br/pdf/rn/v 24n1/v24n1a02.pdf), afirmam: “Enquanto os efeitos deletérios das dietas hiperlipídicas apresentam-se bem estabelecidos, porém transmitidos à população de maneira ineficaz, dietas ricas em carboidratos vêm sendo promovidas mundialmente por órgãos oficiais de saúde. O Guia Alimentar para a População Brasileira preconiza o consumo de 55% a 75% do VET [Valor Energético Total diário] na forma de carboidratos”. Assim, como destacado no escrito anterior, ganha importância a definição de qual a dieta mais adequada (baseada em gorduras ou açúcares?).
*Aldemario Araujo Castro é Professor, Advogado, Mestre em Direito, Procurador da Fazenda Nacional