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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Iniciativa da OMS fecha acordo para 2 bilhões de vacinas contra COVID-19

Segunda, 11 janeiro de 2021

Da ONU Brasil

Vacinas contra COVID-19 continuam sendo desenvolvidas e aprovadas.
Vacinas contra COVID-19 continuam sendo desenvolvidas e aprovadas.

A Covax, a iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros para distribuição de vacinas contra a COVID-19, finalizou contratos para comprar 2 bilhões de doses.  

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a vacinação é importante para reduzir a capacidade de mutações do vírus. Segundo ele, a agência e parceiros estão “prontos para lançar as vacinas assim que elas forem entregues”.

Atualmente, 42 países estão vacinando a população, incluindo 36 nações de alta renda e seis de renda média. Para Tedros, “este é um problema que se pode e deve resolver através da Covax e do Acelerador ACT.” 

No início da pandemia, os países ricos compraram a maior parte do suprimento de várias vacinas. Agora, países de rendas alta e média, que integram a Covax, estão fazendo o mesmo.  

O chefe da OMS diz que “isso potencialmente aumenta o preço para todos e significa que as pessoas de alto risco nos países mais pobres e marginalizados não recebem a vacina”. 

Segundo Tedros, o nacionalismo de vacinas é autodestrutivo. Ele disse que a imunização salva vidas, estabiliza sistemas de saúde e cria condições para uma recuperação econômica global que estimula a criação de empregos. 

Além disso, limita as oportunidades de mutação do vírus. O chefe da OMS afirmou que as variantes já detectadas “mostram que o vírus está fazendo o possível para melhorar sua circulação na população humana”. 

Tedros fez dois apelos: aos países que compraram mais vacinas do que precisam, que doem as doses em excesso; aos fabricantes, que parem de fazer negócios diretamente com os países em detrimento da Covax. 

Logística 

O diretor-geral da OMS afirmou que vacinar a população de um país “é uma tarefa gigantesca”. Para ajudar os Estados-membros, a OMS fez uma parceria com o Fundo das Nações para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial para realizar avaliações de prontidão e criar planos específicos para cada país. 

Nesse momento, as agências já concluíram esse processo em 100 países.  

Para o diretor-geral da OMS, “este é um momento muito perigoso no curso da pandemia”. 

Nos últimos dias, foram registrados alguns dos números mais altos de mortes. Segundo a OMS, isso ocorre porque, nas semanas anteriores, as pessoas desrespeitaram as diretrizes das autoridades de saúde.  

Tedros disse que sua principal recomendação, nesse momento, é que as pessoas vivendo em áreas com um grande número de casos “façam o possível para evitar se misturar com pessoas de outras famílias, especialmente dentro de casa”. 

O chefe da OMS explicou que o vírus prospera quando as pessoas se reúnem em grupos, especialmente dentro, quando não há ventilação adequada e todos compartilham o mesmo ar. 

Tedros lembrou que 2021 é o Ano Internacional dos Trabalhadores de Saúde. Ele pediu que as pessoas mostrem seu “respeito e apreço protegendo uns aos outros e vacinando todos os profissionais de saúde, em todos os lugares, agora”. 

Até esta sexta-feira (8), tinham sido confirmados quase 87 milhões de casos em todo o mundo e cerca de 1.890 milhão de mortes.