Domingo, 7 de dezembro de 2014
Danilo Macedo - Repórter da
Agência Brasil
O
Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), autarquia responsável pelo
transporte público, confirmou a transferência de R$ 35 milhões para pagamento
de parte da dívida com empresas de ônibus. O atraso no pagamento de salários de
motoristas e cobradores que, segundo as empresas, se deve à falta de repasse do
governo, levou funcionários de três das cinco empresas de transporte coletivo
que prestam o serviço público no DF a entrar em greve na última quinta-feira
(4).
Como a
transferência foi feita ontem (6) e só deve ser creditada na conta das empresas
às 9h de amanhã (8), faltando ainda o repasse aos trabalhadores, os motoristas
e cobradores devem manter a paralisação pelo menos durante a manhã desta
segunda-feira (8), quando está marcada nova assembleia para discutir a
situação.
Com a
paralisação dos trabalhadores das empresas de ônibus Urbi, Pioneira e Marechal,
mais de 1.500 ônibus estão sem circular, afetando cerca de 700 mil passageiros.
O Sindicato dos Rodoviários informou que existe falta de confiança de
funcionários e que o movimento deve continuar até que a situação esteja
completamente resolvida.
O diretor
de Comunicação do sindicato, João Jesus de Oliveira, disse, antes da
confirmação da transferência, que não acha justo que o trabalhador fique sem
receber por causa de um problema entre as empresas e o governo. “Vão ficar
parados os carros até as empresas resolverem o pagamento para os trabalhadores,
porque já está no limite. Os trabalhadores vêm sempre negociando com as
empresas e elas sempre atrasando o pagamento. Eles não aguentam mais e
resolveram parar as atividades”, disse o diretor do sindicato. Além dos
funcionários das três empresas de ônibus, as cooperativas de micro-ônibus MCS e
Alternativa também paralisaram as atividades por falta de pagamento.
De acordo
com o DFTrans, a dívida com as empresas de ônibus chega a R$ 70 milhões. As
empresas que paralisaram atendem às regiões administrativas de Taguatinga, do
Park Way, à Ceilândia, Guará, de Águas Claras, do Núcleo Bandeirantes, de
Samambaia, do Recanto das Emas, Riacho Fundo 1 e 2, de Itapoã, do Paranoá,
Jardim Botânico, Lago Sul, da Candangolândia, de Santa Maria, São Sebastião e
do Gama.
*Colaborou
Lucas Pordeus Leon, repórter do Radiojornalismo