Quinta, 17 de março de 2016
Do site da OAB/DF
As conversas mantidas pelo ex-presidente da República e atual
ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, com diversas
autoridades, inclusive com a atual presidente Dilma Rousseff, revelam
tratativas nada republicanas, as quais não têm mais lugar na moderna
sociedade brasileira. Ao atacar o Supremo Tribunal Federal, o Congresso
Nacional e a Justiça brasileira da forma como se revela nas conversas, o
atual ministro da Casa Civil demonstra profundo desrespeito às
instituições democráticas.
O presidente da OAB/DF considera que a democracia é colocada em xeque
quando há a utilização do poder do Estado para a defesa de interesses
privados. A assunção a um cargo público como forma de se proteger de uma
possível prisão é inaceitável. O mesmo em relação ao diálogo telefônico
em que Jacques Wagner usa termos chulos para se referir ao presidente
nacional da entidade.
O diálogo revela um desrespeito sem precedentes em relação à OAB. O
ato que ganha ainda maior gravidade por conta do cargo ocupado por
Wagner na ocasião em que a conversa foi gravada. “O ex-ministro da Casa
Civil se refere à OAB e ao presidente nacional de nossa entidade de
forma inadmissível, usando termos baixos. Contudo, a conversa revela
nada mais do que sua revolta com o fato de a OAB não permitir ser
cooptada, nem estar a serviço de nenhuma coloração partidária. Como diz o
próprio presidente Lamachia, o partido da OAB é a Constituição”,
afirmou Juliano Costa Couto.
A Seccional e toda a advocacia do DF caminharão unidas em favor do
respeito à classe e em defesa do Estado Democrático de Direito. “A OAB
não se curvará a nenhuma pressão ou assédio. Andaremos de pé em defesa
de nossa independência e pelo bem da nação”, registrou o presidente.