Terça, 13 de abril de 2010
Continua o faz-de-conta das eleições indiretas. O que não podia ontem, hoje pode. Talvez o que ainda não é permitido agora, amanhã será. Acochambra daqui, acochambra dali e vamos levando até o final do ano.As eleições indiretas para governador-tampax do Distrito Federal parecem até eleições de algum grêmio estudantil de última categoria. Candidatos que não cumpriam os pré-requisitos definidos pelos distritais agora podem disputar o cargo. Os deputados “flexibilizaram” as regras. Isto é, deram um jeitinho para que as eleições não fiquem tão desmoralizadas como estão.
Critérios antes considerados como sagrados pelos deputados, como prazo mínimo de um ano de filiação partidária e data de desincompatibilização de cargo público já não fazem o menor sentido. O que vale, parece, é o faz-de-conta de uma eleição conspurcada pelo colégio eleitoral.
Plano de governo dos candidatos era coisa obrigatória, mas como poucos entregaram, permitiram que o plano fosse entregue depois. Afinal, planos para quê? Nunca são cumpridos mesmo.
Quem está gostando de tanta flexibilização deve ser Tony Panetone e sua vice, a Bezerra de Ouro. Eles foram eliminados, mas com tanta mudança das regras estão esperançosos de voltarem a ter o direito de participar das eleições.
Tony Panetone ainda tem esperanças de que possa disputar o faz-de-conta na CLDF.