Segunda, 5 de novembro de 2012
Ivan Richard e Iolando LourençoRepórteres da Agência Brasil
 Alvo de polêmica durante a última semana, o projeto de lei do Senado que altera a distribuição dos royalties do
 petróleo poderá ser votado na próxima terça-feira (6) pela Câmara dos 
Deputados. A proposta em análise prevê a mudança dos contratos firmados 
ainda no regime de concessão e define os percentuais de divisão entre 
todos os estado dos royalties para os poços em regime de partilha.
Na última quarta-feira (31), o Palácio do Planalto se posicionou favoravelmente à destinação integral dos royalties para a educação
 e a manutenção dos contratos de exploração de petróleo já firmados. O 
documento com as sugestões do governo foi encaminhado ao relator da 
proposta, Carlos Zarattini (PT-SP).
“O que é o texto do governo: todo o petróleo que já foi licitado 
continuará com o mesmo critério de distribuição, não muda. Já todo o 
petróleo que será licitado a partir da promulgação da lei vai ser 
distribuído com novo critério. Vai 100% para educação”, disse Zarattini.
O relator, no entanto, não concorda em manter inalteradas as regras 
dos poços já licitados. O petista, que conta com o apoio de 25 das 27 
bancadas dos estados na Casa, manteve no seu relatório a versão aprovada
 pelo Senado e negociada na comissão especial da Câmara que analisou a 
proposta.
Nela está prevista, entre outros pontos, a destinação de 22% dos 
recursos da compensação financeira para a União, 22% para os estados 
produtores, 5% para municípios produtores, 2% para os afetados pelo 
embarque de óleo e gás e 49% para um fundo especial a ser dividido entre
 os estados e municípios não produtores por meio dos critérios de fundos
 constitucionais. Os recursos devem começar a entrar no caixa das 
unidades federativas a partir de 2020.
Representantes dos principais estados produtores de petróleo do 
país, os parlamentares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo não 
concordam com a tese de mudar as regras dos poços já licitados. Eles 
também são contrários à perda de receitas por parte dos seus estados. 
Atualmente, os dois estados são os principais beneficiários dos royalties da produção de petróleo.
 
 
 
