Terça, 2 de agosto de 2016

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Carolina Gonçalves - da Agência Brasil

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Carolina Gonçalves - da Agência Brasil
Previsto para ser lido hoje (2), o relatório final
da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga
irregularidades nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf) não foi entregue ao colegiado. O relator da comissão,
deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), disse que vai procurar o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pedir
mais prazo.
Bacelar voltou a afirmar que a CPI não ouviu
empresários, porque sempre ocorria obstrução de alguns partidos. “O
relatório não está pronto e vou pedir mais prazo”, afirmou. Apesar da
tentativa que fará perante Maia, Bacelar reduziu as chances de êxito no
diálogo com o democrata, quando o acusou de participar de um acordo
“para enterrar a CPI”.
Saiba Mais
“Se
algum partido colocou como moeda de troca o fim da CPI para eleger
Maia, não foi o PR. Se alguém fez isso, terá de vir aqui vestir a
carapuça, porque vou pôr isso no parecer", disse. "Se tem algum partido
que está blindando essa questão, vou colocar o partido no relatório. Não
vai ser um partido que vai colocar essa investigação para debaixo do
tapete”, acrescentou.
Antes de saber do constrangimento criado
por Bacelar, o presidente da Casa afirmou que as chances de rever sua
decisão sobre prazo é “zero”. “Se quiser uma oitiva esta semana, vamos
tentar ver se dá oportunidade. Um novo prazo não”, afirmou Rodrigo Maia
ao chegar à Câmara na manhã desta terça-feira.
A CPI tinha
aprovado a prorrogação dos trabalhos por 60 dias e a decisão foi
aprovada por comissão especial e assinada pelo ex-presidente interino da
Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), mas, ao assumir o comando da Casa, um
dos primeiros atos de Maia foi limitar a prorrogação em apenas 26 dias
corridos. A expectativa era que lido, o texto foi discutido e votado.
Como estava previsto um pedido de vista, a votação teria que ser
concluída na próxima terça-feira (11).
A CPI aprovou a
prorrogação dos trabalhos por 60 dias. A decisão passou por comissão
especial e foi assinada pelo ex-presidente interino da Câmara Waldir
Maranhão (PP-MA), mas, ao assumir o comando da Casa, Maia, em um dos
primeiros atos, limitou a prorrogação em 26 dias corridos. Com a nova
definição, e considerando a expectativa de um pedido de vista depois da
leitura do parecer, a estimativa era que a votação fosse concluida no
dia 11.
Porém, com o ocorrido hoje, o presidente da comissão,
deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), marcou para o dia 11 uma nova
reunião, com o objetivo de entregar o parecer – data até então prevista
para a votação do texto. O parlamentar alertou o colegiado que, sem o
texto, a CPI corre risco de terminar sem relatório aprovado. A intenção
de Fernandes é que o texto seja votado no mesmo dia, sem pedido de
vista.